OMS recomenda reforço da CoronaVac para quem tem mais de 60 anos
Por Fidel Forato | Editado por Luciana Zaramela | 13 de Outubro de 2021 às 10h57
Na segunda-feira (11), a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a recomendar a dose de reforço da vacina Coronavac — desenvolvida pela farmacêutica Sinovac contra a covid-19 — e da Sinopharm para pessoas com 60 anos ou mais. Além disso, imunossuprimidos vacinados com qualquer fórmula estão aptos a receber terceira dose contra o coronavírus SARS-CoV-2.
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Só que a OMS ainda orienta que os países priorizem a vacinação de toda a população com as duas doses, antes da aplicação dos reforços contra a covid-19. "Ao implementar esta recomendação, os países devem inicialmente ter como objetivo maximizar a cobertura de 2 doses nessa população e, posteriormente, administrar a terceira dose, começando nos grupos de idade mais avançada", afirmou.
De acordo com o Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas (SAGE) da OMS, a recomendação da terceira dose foi baseada em estudos da América Latina que indicam a redução de eficácia das vacinas de vírus inativado ("morto") com o passar dos meses. Por exemplo, um destes estudos foi o do Chile. Quando disponível, a terceira dose deve ser aplicada entre um a três meses do esquema vacinal anterior (2 doses).
Doses de reforço para idosos e imunocomprometidos
Além do reforço para os idosos, o SAGE também comentou que pessoas com determinados níveis de imunossupressão deveriam receber uma dose de reforço de qualquer uma das vacinas aprovadas em caráter de emergência pela OMS, quando disponíveis. Nesta lógica, entram as seguintes fórmulas: Covishield (AstraZeneca/Oxford); Moderna; (Janssen Johnson & Johnson); e Pfizer/BioNTech.
“Este grupo está menos propício a responder adequadamente ao esquema inicial de vacinação e tem alto risco para desenvolvimento de casos de covid-19”, informou o grupo associado à OMS, em nota.
Agora, uma nova reunião com o comitê foi marcada para o dia 11 de novembro. O objetivo do encontro será discutir novas recomendações globais de doses de reforço contra a covid-19. O desafio será equilibrar a aplicação da terceira dose, enquanto a maioria dos países pobres não aplicaram nem a primeira em metade de suas populações.