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OMS estima que fase aguda da pandemia da covid-19 acabe em 2022

Por  • Editado por Luciana Zaramela |  • 

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Fernando Zhiminaicela/Pixabay
Fernando Zhiminaicela/Pixabay

A fase aguda da pandemia da covid-19 pode ser encerrada ainda este, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, ainda será preciso superar a nova onda de casos da variante Ômicron (B.1.1.529) do coronavírus SARS-CoV-2 e ampliar a vacinação, principalmente, em países de baixa renda.

“Podemos acabar com a covid-19 como uma emergência de saúde global e podemos fazer isso neste ano”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, durante a abertura de reunião do Conselho Executivo da organização.

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Questão da Ômicron

Desde que a variante Ômicron foi detectada pela primeira vez no sul da África, há nove semanas, 80 milhões de novos casos da covid-19 foram relatados à OMS. De acordo com Tedros, este número é maior que a soma de casos de todo o ano de 2020.

“Em média, na semana passada, 100 casos foram relatados a cada três segundos e alguém perdeu a vida em decorrência da covid-19 a cada 12 segundos”, afirmou o diretor-geral da OMS sobre os desafios da pandemia atualmente.

Por outro lado, a infecção da Ômicron parece causar formas menos graves da covid-19, principalmente me pessoas imunizadas. Nesse sentido, Tedros lembrou que "a explosão de casos não foi acompanhada por um aumento nas mortes".

Vacinação global contra covid

Para encerrar a fase aguda da pandemia, o diretor-geral da OMS defende que países devem garantir acesso equitativo aos imunizantes contra a covid-19 e aos tratamentos disponíveis. Além disso, é necessário manter o sistema em alerta para rastrear novas variantes do coronavírus.

Desde o começo da vacinação contra a covid-19, a OMS defende a importância das doações de imunizantes para os países de baixa renda. Inclusive, foi criada a iniciativa COVAX Facility, com o objeto de promover esse acesso mais igualitário. A OMS orienta que todos os países imunizem pelo menos 70% de suas populações.

No entanto, a situação ainda é desigual. De acordo com a plataforma Our World in Data, 52% da população do mundo recebeu as duas doses da vacina ou um imunizante de dose única. Entretanto, apenas 9,5% das pessoas em países de baixa renda receberam pelo menos uma dose.

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“Simplesmente não podemos encerrar a fase de emergência da pandemia, a menos que preenchamos essa lacuna”, afirmou Tedros sobre a situação desigual da vacinação contra a covid-19.

Aprendendo a conviver

Além disso, o diretor-geral da OMS aponta para um futuro onde os países e as pessoas terão que conviver com a covid-19. “Precisaremos aprender a gerenciar [a doença] por meio de uma estratégia sustentada e integrada para doenças respiratórias agudas”, afirmou.

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No entanto, Tedros alerta que é “perigoso supor que a Ômicron será a última variante ou que este é o jogo final”. Hoje, "as condições são ideais para que surjam mais variantes", defendeu sobre a necessidade de mudanças no combate global da doença.

“O potencial para uma variante mais transmissível e mais mortal permanece muito real”, completou. Isso porque, quanto mais o vírus circula, mais a possibilidade de novas mutações ocorrerem. A maioria delas não acarretarão diferenças significativas e ainda podem ser negativas, mas algumas podem trazer problemas para a saúde global.

Fonte: Medical Xpress e Our World in Data