OMS começa a ver sinais de estabilização da COVID-19 na Europa
Por Wagner Wakka | 14 de Abril de 2020 às 15h34
A líder da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a pandemia da COVID-19, Maria Van Kerkhove, afirmou que já vê indícios de que a disseminação da doença possa estar se estabilizando na Europa. Em entrevista para a mídia do continente nesta segunda-feira (13), ela informou que o isolamento social e a restrição mais incisiva de movimentação por lá, o chamado lockdown, colaborou para controlar o avanço da doença.
Dados da OMS mostram que o número de casos confirmados na Europa tem sofrido estabilidade. Desde o final de março, a quantidade de pessoas infectadas diariamente se mantém na casa das 40 mil a 35 mil, em alguns períodos, mostrando até redução de um dia para outro. Atualmente, o continente é o que mais tem casos confirmados, com 913 mil até o momento.
Apesar disso, a OMS ainda recomenda que os governos mantenham a população em casa, mas já indica que, em breve, poderão começar a pensar em como fazer a reabertura e quais serão os próximos passos.
No entanto, apesar da notícia positiva, Kerkhove faz ressalvas e é incisiva em dizer que a transição não pode acontecer de uma só vez, já que isso poderia levar a novos surtos e a um novo cenário de contaminações. "O único meio de sair dessa situação é achar o vírus, testar e isolar os doentes", voltou a recomendar.
A organização ainda acredita que, com testes, é possível começar a liberar pessoas de áreas estratégicas para voltar ao trabalho. Contudo, a OMS ainda diz que é preciso testar mais a doença para ter certeza de todas as suas nuances.
No momento, a recomendação é de que toda pessoa com suspeita de COVID-19 faça quarentena de 14 dias, em isolamento para quaisquer outros indivíduos.
Segundo o último boletim oficial do Ministério da Saúde, o Brasil registra mais de 23 mil casos da COVID-19, com pouco mais de 1.300 mortes.