Publicidade

OMS autoriza uso emergencial da vacina da Johnson & Johnson contra COVID-19

Por| Editado por Luciana Zaramela | 12 de Março de 2021 às 18h20

Link copiado!

Alena Shekhovtcova/Pexels
Alena Shekhovtcova/Pexels

Nesta sexta-feira (12), o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, informou que a entidade concedeu uma autorização de uso emergencial para a vacina contra COVID-19, desenvolvida pela farmacêutica Janssen, do grupo Johnson & Johnson. O imunizante contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2) age a partir de uma única dose.

Durante a coletiva de imprensa, Tedros comentou que o consórcio internacional Covax Facility já adquiriu 500 milhões de doses desta vacina contra a COVID-19 e que a distribuição global destas doses deve ser feita a partir de julho. Na corrida contra a pandemia do coronavírus, além da fórmula da Johnson & Johnson, outras vacinas já foram autorizadas pela OMS, como a Covishield (AstraZeneca/Oxford) e a da Pfizer/BioNtech.

Continua após a publicidade

Vacina da Johnson & Johnson contra a COVID-19

Vale lembrar que a vacina da Janssen já recebeu autorização da agência regulatória de saúde dos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA), e realizou parte dos estudos clínicos de Fase 3 com voluntários brasileiros. Durante os estudos clínicos de Fase 3, a vacina da Johnson & Johnson obteve uma taxa de eficácia estimada em 85% na prevenção de doenças graves. Além disso, a fórmula se demonstrou 100% eficaz na prevenção de hospitalizações e mortes 28 dias após os voluntários serem imunizados.

Para a proteção, a vacina contra o coronavírus adota uma plataforma vetor viral não replicante. Em outras palavras, os cientistas adotam um adenovírus humano (Ad26) modificado para não se replicar mais. Tal adenovírus é editado para carregar a proteína spike do coronavírus. A partir desse fragmento de material genético do coronavírus nas células, o sistema imunológico do corpo aprende a identificar e combater o coronavírus real. Estável, a fórmula pode ser armazenada em freezers comuns, entre 2 °C e 8 °C.

Questão da vacina de Oxford

Continua após a publicidade

Durante a coletiva da OMS, Tedros também aconselhou que os países não suspendessem o uso da vacina Covishield, desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca. Isso porque a fórmula chegou a ser associada a alguns casos de trombose. No entanto, não foi possível obter evidências de que esta seria uma reação do imunizante.

"É importante notar que a Agência Europeia de Medicamentos disse que não há indícios de ligação entre a vacina e a formação dos coágulos sanguíneos e que a vacina pode continuar a ser usada enquanto sua investigação estiver em andamento", afirmou Tedros.

Fonte: G1