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Ômicron: veja quais países impuseram medidas restritivas nas fronteiras

Por| Editado por Luciana Zaramela | 29 de Novembro de 2021 às 14h20

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Skitterphoto / Pexels
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A cepa Ômicron, detectada na África do Sul, está deixando todo o mundo em alerta. Depois que a Organização Mundial da Saúde (OMS) a classificou como variante de preocupação (VOC), mais de 27 países já impuseram medidas de restrição nas fronteiras, bloqueando completamente ou parcialmente voos vindos da região.

Enquanto os cientistas trabalham para identificar os possíveis efeitos da nova variante B.1.1.529, as autoridades de vários países buscaram restringir a disseminação da cepa. O Canadá anunciou o fechamento de fronteiras para passageiros que tenham estado recentemente na África do Sul, Botsuana, Essuatini, Lesoto, Moçambique, Namíbia e Zimbábue. O mesmo acontece com os EUA, com o acréscimo de Malauí.

O Reino Unido já havia suspendido voos da região, ao lado de Singapura e Israel, que também adicionaram Moçambique à lista. Turquia, Itália, França e República Tcheca também proibiram voos vindos da região. Enquanto isso, a Holanda anunciou quarentena a todos viajantes que já estavam em trânsito.

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Os países asiáticos tentam avançar com as medidas de restrição para a variante Ômicron. O Japão informou que os viajantes de parte do sul da África precisarão ficar em quarentena por 10 dias, além de serem submetidos a testes durante quatro meses. Já a Índia está trabalhando procedimentos de exames e rastreamentos mais rigorosos de passageiros vindos de África do Sul, Botswana e Hong Kong.

No Brasil, o chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, afirmou que o países fechará as fronteiras aéreas para seis países da África já na semana do dia 29. A restrição acontece com da África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.

Europa: epicentro da pandemia

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A pouca esperança que os europeus experimentaram entre abril e setembro, com uma queda e uma estabilização de casos e mortes por covid-19, desapareceu quando a região voltou a ver aumento dos casos de coronavírus a partir de outubro — em novembro, as infecções explodiram e as autoridades confirmaram uma nova onda de coronavírus por lá.

A Comissão da União Europeia impôs algumas medidas tentando evitar que a variante do SARS-CoV-2 agravasse a situação. A chefe da Comissão, Ursula von der Leyen, esclareceu sobre as novas restrições.

Ela disse que as viagens para os países nos quais a variante foi detectada serão suspensas. Além disso, as pessoas que já estiverem no caminho de volta para Europa, será obrigatória a testagem e quarentena de 14 dias.

A chefe da comissão destaca que as vacinas deverão ser adaptadas para barrar novas variantes imediatamente. Em sua conta do Twitter, Leyen escreveu que a equipe irá propor uma coordenação com os Estados Membros e ativar o freio de emergência para interromper as viagens aéreas da região da África Austral devido à variante de preocupação (B.1.1.529).

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OMS pede que fronteiras permaneçam abertas

A divisão africana da Organização Mundial da Saúde (OMS), descontente com o crescente número de países impondo restrições sobre entrada de viajantes africanos, pediu para que essas nações mantenham suas fronteiras abertas.

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"As restrições de viagens podem desempenhar um papel leve na redução da disseminação da covid-19, mas representam um grande fardo para vidas e meios de subsistência" na região, defendeu, em comunicado.

O que sabemos sobre a variante Ômicron

A primeira vez que a nova cepa da covid-19 foi detectada, coletada em Botswana, país africano, ocorreu no dia 9 de novembro, mas só foi relatada ao mundo no dia 24.

Fazendo o sequenciamento do vírus, os cientistas detectaram 50 mutações na Ômicron, sendo 32 delas na proteína spike — que ajuda o micro-organismo a penetrar nas células humanas.

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A variante se tornou emergente, segundo os especialistas, porque houve um aumento repentino de casos na África do Sul: de 273 casos em 16 de novembro, a conta pulou para mais de quatro mil agora. Os dados apontam que mais de 80% desses casos estão localizados na província de Gauteng.

Ainda é cedo para entender o comportamento da B.1.1.529, mas a médica sul-africana Angelique Coetzee, disse que os primeiros casos da Ômicron apresentaram sintomas leves da doença — e muitos deles são diferentes do coronavírus que já conhecemos. Não houve relato de perda de paladar ou olfato, por exemplo. A especialista relata que, diferente do que vimos até agora, ela teve um caso de uma criança, de seis anos, com febre e pulsação muito alta. No entanto, outros profissionais alertam que ainda é cedo para tirar conclusões sobre o comportamento do vírus e os sintomas que a variante Ômicron causa.

Fonte: Reuters; New York Times