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Ômicron: o que a ciência diz sobre a severidade da variante

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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 Gerd Altmann/Pixabay
Gerd Altmann/Pixabay

Desde o surgimento da Ômicron, cientistas do mundo inteiro se mobilizaram para entender o nível da gravidade dos sintomas que acompanham a variante. Por enquanto, os estudos sugerem que os pacientes costumam desenvolver quadros menos graves da doença em comparação com infecções pela variante Delta, por exemplo. Assim, a grande preocupação está na alta transmissibilidade, e não exatamente na intensidade dos sintomas.

Sintomas em idosos

Segundo um estudo publicado na plataforma medRxiv, a Ômicron também apresentou sintomas menos graves em idosos. Entretanto, ainda não está claro se esse menor risco tem relação com a vacinação. Para chegar a essa informação, os pesquisadores analisaram um banco de dados de pacientes de serviços de saúde dos EUA com mais de 65 anos, concentrando o número de buscas por serviços de emergência médica e hospitalizações.

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Menos pessoas internadas

Enquanto isso, estudos preliminares publicados no Reino Unido e na África do Sul alegam que há um número menor de pessoas precisando de tratamento hospitalar por causa da Ômicron do que por conta de outras variantes. Ainda assim, os especialistas recomendam que não nos preciptemos: ainda há uma longa jornada pela frente rumo à plena compreensão sobre a gravidade da variante.

Casos mais leves

O artigo da África do Sul, também publicado na medRxiv, aponta que as pessoas têm 70% a 80% menos probabilidade de precisar de tratamento hospitalar por causa da Ômicron, em comparação com outras variantes. No mesmo caminho, uma análise do Imperial College London sugere que as mutações da variante a tornam mais branda do que o Delta, algo que os próprios pesquisadores classificam como "uma boa notícia, até certo ponto".

Danos aos pulmões

Por sua vez, a Universidade de Hong Kong revelou que o Ômicron pode ser mais branda no que diz respeito à infecção nas vias respiratórias, mas pode causar mais danos ao entrar nos tecidos profundos dos pulmões.

Vacinas e Ômicron

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A Universidade de Cambridge ressalta que a temida variante exigiu dez vezes mais anticorpos para neutralizar o vírus do que a Delta: os anticorpos da maioria dos participantes que receberam duas doses da vacina da AstraZeneca foram incapazes de neutralizar o vírus, mas a neutralização foi satisfatória após uma terceira dose da vacina da Pfizer.

Vale lembrar que a AstraZeneca já anunciou eficácia da terceira dose contra a variante Ômicron, e que a Moderna pode turbinar os anticorpos contra a cepa. A dose de reforço da Janssen também pode proteger contra ela. Já para aqueles que tomaram a CoronaVac, pode ser que duas doses de reforço sejam necessárias para combater a Ômicron.

Fonte: medRxiv (1, 2), Imperial College, HKUMed, University of Cambridge