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Ômicron ou gripe? Internações por suspeita da covid sobem rapidamente em SP

Por| Editado por Luciana Zaramela | 22 de Dezembro de 2021 às 14h27

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Pressmaster/Envato Elements
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As internações por suspeita da covid-19 voltaram a subir no estado de São Paulo, especialmente na capital. No entanto, a causa da maioria das hospitalizações ainda não é conclusiva. O cenário pode ser explicado tanto pela transmissão comunitária da variante Ômicron (B.1.1.529) do coronavírus SARS-CoV-2 quanto pelos surtos de gripe (influenza).

Segundo dados do governo de São Paulo, o estado contabiliza 2.274 pacientes internados, e 880 deles estão em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Na segunda-feira (20), a média móvel de novas hospitalizações por covid-19 ou de suspeitas da infecção estava em 378, por dia. Há duas semanas, a médica era de 285 internações, o que representa um aumento de 32,6%.

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Nas redes sociais, o Observatório COVID 19 BR — uma iniciativa independente que trabalha com dados sobre a doença no país — apontou para o risco desse aumento nas internações. "Houve uma brusca reversão de tendência no número de hospitalizações e atendimentos a casos suspeitos da covid-19 no município de São Paulo, passando de queda a rápido crescimento", informou o Observatório.

Vale lembrar que, comparado com a segunda onda da covid-19, o número de internações ainda pode ser considerado baixo. Em São Paulo, a média diária chegou ao recorde de 3.399 internações.

O que explica o aumento de internações em SP?

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“A gente vê um aumento de hospitalizações no município de São Paulo que coincide com a entrada da Ômicron. Não temos como afirmar com certeza que esse aumento é devido à Ômicron, porque pode ser também influenciada pela influenza e por outros fatores", explicou o professor Renato Coutinho, da Universidade Federal do ABC e membro do Observatório Covid-19 BR, para o G1.

Vale notar que um levantamento publicado nesta semana mostrou que a cidade do Rio de Janeiro teve mais óbitos por gripe, ligados ao surto do vírus H3N2, do que por covid ao longo de dezembro, então existe a chance de São Paulo passar por um movimento similar.

O Observatório aponta que agrava "a situação a falta de política de testagem abrangente para ambos os agentes [covid-19 e gripe] e o apagão dos bancos de dados de casos, resultados laboratoriais, e vacinação do Ministério da Saúde". Nesse cenário, a equipe defende "a intensificação da vacinação e testagem".

Outro fator que pode contribuir para o aumento de casos de internações por causa de vírus respiratórios é o aumento de festas e confraternizações de fim de ano. No nível governamental, São Paulo adotará máscaras em locais públicos até o fim de janeiro, mas aglomerações ocorrem em todo o estado e medidas como o passaporte da vacina não têm grande adesão.

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Fonte: G1