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Ômicron: fronteiras devem continuar abertas, pede divisão africana da OMS

Por| Editado por Luciana Zaramela | 29 de Novembro de 2021 às 13h27

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Chalabala/Envato Elements
Chalabala/Envato Elements

A divisão africana da Organização Mundial da Saúde (OMS) pede que países mantenham as fronteiras abertas para países da África, após relatos da variante Ômicron (B.1.1.529) do coronavírus SARS-CoV-2 no continente. O pronunciamento ocorre enquanto um número crescente de nações limita voos às nações da África Austral.

Inclusive, o Brasil estuda fechar fronteiras aéreas para seis países — África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue — da África ainda nesta semana. Os Estados Unidos e alguns países europeus adotaram a medida extrema para conter a chegada da nova variante do coronavírus.

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No entanto, a OMS questiona os benefícios da estratégia. "As restrições de viagens podem desempenhar um papel leve na redução da disseminação da covid-19, mas representam um grande fardo para vidas e meios de subsistência" na região, defendeu a divisão africana, em comunicado.

"Se as restrições forem implementadas, elas não devem ser desnecessariamente invasivas ou intrusivas, e devem ter base científica, de acordo com o Regulamento Sanitário Internacional, que é um instrumento juridicamente vinculativo do direito internacional reconhecido por mais de 190 nações", reforçou a nota.

Ômicron e o fechamento das fronteiras

Todas as medidas internacionais foram adotadas após a comunicação da África do Sul sobre a descoberta dos casos da variante Ômicron no país. Segundo os envolvidos, o país não deveria ser isolado, já que respeitou os protocolos e informou, de forma ágil, o mundo sobre a descoberta local e os potenciais riscos da Variante de Preocupação (VOC, na sigla em iglês).

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“A velocidade e transparência dos governos da África do Sul e do Botsuana em informar o mundo sobre a nova variante devem ser elogiadas. A OMS está ao lado dos países africanos que tiveram a coragem de compartilhar corajosamente informações de saúde pública que salvam vidas, ajudando a proteger o mundo contra a disseminação da covid-19”, defendeu Matshidiso Moeti, diretora regional da OMS para a África.

“Com a variante Ômicron, agora, detectada em várias regiões do mundo, colocar em prática proibições de viagens que visam a África ataca a solidariedade global. A covid-19 constantemente explora nossas divisões. Só tiraremos o melhor do vírus se trabalharmos juntos para encontrar soluções”, reforçou Moeti.

Faltam vacinas contra covid na África

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Diferente de fechar fronteiras, nações poderiam colaborar com doações de vacinas contra a covid-19 para os países africanos. Segundo dados da plataforma Our World in Data, apenas 7,2% da população do continente está com o esquema vacinal completo (2 doses).

Além disso, apenas 24% da população sul-africana está protegida. Em Botsuana, a porcentagem é ainda menor, chegando a 20%. Neste cenário, o potencial para o número de casos da Ômicron aumentar é alto e, de forma geral, isso ainda favorece novas mutações no vírus da covid-19.

Fonte: OMS e Our World in Data