Por que a Ômicron está batendo recorde nos EUA, mais que em outros países?
Por Nathan Vieira | Editado por Luciana Zaramela | 17 de Janeiro de 2022 às 14h49
Desde que foi descoberta, a variante Ômicron desperta preocupações, e uma delas é a taxa de hospitalizações nos EUA: enquanto outros países perceberam um número menor de pacientes hospitalizados com covid-19 em relação a outros momentos da pandemia, os EUA chegaram a bater recorde no último dia 11, com 146 mil pacientes internados por conta da doença.
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Uma comparação feita na plataforma Our World in Data (que representa uma proporção do número de pacientes hospitalares infectados por cada 1 milhão de habitantes) apontou que a disseminação da Ômicron tem causado mais impacto nos EUA do que em países da Europa, por exemplo.
Segundo esses números, o Reino Unido apontou uma taxa de 291 pacientes por milhão hospitalizados no último dia 10, sendo que em 2021 esse número era de 576 por milhão. Na França, a proporção ficou em 347 por milhão, um número bem inferior ao do ano passado, na mesma data: 490 por milhão.
Por sua vez, os EUA apresentam 411 pacientes por milhão em janeiro de 2022, superando a taxa do ano anterior (400 por milhão). Curiosamente, é uma tendência que também tem acompanhado outro país da América do Norte: o Canadá. Foram 206 pessoas por milhão no último dia 11 de janeiro de 2022, em comparação com 128 por milhão em janeiro do ano anterior.
Especialistas estimam que a discrepância da taxa de pacientes hospitalizados com covid-19 nos EUA em relação aos países europeus se deve a alguns fatores, como o alto índice de hipertensão e obesidade. Observam, ainda, que a variante está atingindo os EUA durante o inverno, período em que mais pessoas se reúnem em ambientes fechados e há mais transmissão. Além disso, a taxa de vacinação nos EUA é de 63%, menor que no Reino Unido (71%), Itália e França (75%).
Fonte: Our World in Data, BBC, The New York Times