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Ômicron deve levar sistema de saúde do Brasil ao colapso, estima especialista

Por| Editado por Luciana Zaramela | 12 de Janeiro de 2022 às 11h30

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Stephen Andrews/Unsplash
Stephen Andrews/Unsplash

Em 2020, o sistema de saúde do Brasil entrou em colapso: 90% das UTIs ficaram ocupadas na maior parte dos municípios, por conta da covid-19. Com a chegada da Ômicron, a estimativa é que o país seja submetido a um novo colapso dentro de uma semana.

"Pelo ritmo que estamos vendo, em uma semana os sistemas de saúde deverão entrar em colapso no Brasil. O número de infecções aumentará mais ainda nos ambulatórios e provavelmente faltarão mais profissionais da saúde no combate", pondera a cardiologista Ludhmila Hajjar, durante uma entrevista realizada ao jornal O Globo.

Hajjar relembra que estamos lidando com um vírus novo, altamente mutagênico, que pode acarretar mais surpresas no futuro. "O [vírus] da gripe, além de bastante conhecido, muda muito mais lentamente. Essa incerteza reforça ainda mais a importância da vacinação", afirma.

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Sistema de saúde em colapso

No fim de dezembro, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), já tinha alertado que circulação simultânea das variantes Delta e Ômicron estava levando "os sistemas de saúde à beira do colapso".

Segundo Hajjar, as UTIs estão atualmente só com casos de covid entre os não vacinados, e os imunizados dificilmente passam do atendimento ambulatorial. Mas o colapso vai um pouco além da questão da ocupação das UTIs, e abrange também a falta de médicos disponíveis, por exemplo.

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E com isso em mente, a especialista levanta olhares para a questão da equipe médica vulnerável diante das variantes em ascensão: "A maioria dos médicos e enfermeiros foi imunizada com duas doses da CoronaVac e reforço da Pfizer. A CoronaVac foi importantíssima no início, frente à inexistência de outras. Mas ela não protege como as outras em relação a novas variantes. Muitos de nós seremos infectados", lamenta a cardiologista.

Fonte: O Globo, Folha de S. Paulo