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Ômicron BQ.1 não tem relação com aumento de casos de covid no Amazonas

Por| Editado por Luciana Zaramela | 10 de Novembro de 2022 às 10h44

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Fusion Medical Animation/Unsplash
Fusion Medical Animation/Unsplash

Nos últimos dias, o estado do Amazonas confirmou o primeiro caso da subvariante Ômicron BQ.1, cepa associada com o aumento de casos da covid-19 na Europa e nos Estados Unidos. Em paralelo, os amazonenses enfrentam alta no número de novos diagnósticos da infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2. Apesar da coincidência, os dois fatos não estão relacionados.

“Como estamos vendo, existe um aumento de casos no Amazonas, que não está associado até o momento com o avanço da BQ.1 e, sim, da sublinhagem BA.5.3.1”, explica o virologista Felipe Naveca, coordenador do Núcleo de Vigilância de Vírus Emergentes, Reemergentes ou Negligenciados do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), em comunicado.

Vale observar que, no momento, a cepa BA.5.3.1 ainda não recebeu uma designação própria e, por isso, este termo longo ainda é usado. A BQ.1 também é uma sublinhagem da BA.5, mas o nome já foi encurtado para facilitar a comunicação.

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Por que a Ômicron BQ.1 não é responsável pelo aumento de casos no Amazonas?

No momento, o pesquisador da Fiocruz Amazônia descarta a hipótese de que a nova alta de casos da covid-19 no Amazonas esteja relacionada com a sublinhagem Ômicron BQ.1. A questão fica explícita quando se observa os dados da vigilância genômica no estado.

Até o dia 21 de outubro, a sublinhagem BA.5.3.1correspondia a 94% dos casos sequenciados no Amazonas. Por outro lado, a BQ.1 foi confirmada em apenas uma análise, ou seja, ainda não se disseminou na região ao ponto de provocar um possível aumento de casos.

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Casos da covid estão mais graves?

Apesar da BQ.1 e da BA.5.3.1 serem cepas diferentes, ambas descendem da Ômicron original. Como tal, algumas mutações e dados preliminares sobre ambas indicam que não devem provocar um aumento no número de casos graves da infecção.

“Essa é a informação mais importante no momento. Precisamos continuar monitorando para ver como vai se comportar a curva de casos nas próximas semanas, mas, felizmente, não temos aumento de casos graves. Isso mostra que a imunidade adquirida pela população, principalmente por meio da vacinação, continua nos protegendo", pontua Naveca.

Agora, "é fundamental que aqueles que ainda não tomaram a segunda dose de reforço procurem um posto de vacinação”, orienta o especialista. No caso da pessoa ser imunossuprimida, em algumas cidades, a quinta dose contra a covid-19 já está disponível.

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Fonte: Agência Fiocruz