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Ômicron: 3ª dose da CoronaVac ativa produção de anticorpos em 95% dos vacinados

Por| Editado por Luciana Zaramela | 08 de Fevereiro de 2022 às 19h00

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Gstockstudio/Envato Elements
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Pesquisadores chineses avaliaram a proteção da terceira dose da vacina CoronaVac contra a variante Ômicron (B.1.1.529) do coronavírus SARS-CoV-2. Os resultados demonstram que o reforço desencadeia uma resposta imune contra a variante em 95% dos imunizados e ativa as células B de memória — aquelas que produzem anticorpos. Só que resposta é menor do que para outras cepas do agente infeccioso.

Publicado na revista científica Nature, o estudo que investigou a resposta imunológica da vacinação contra a Ômicron foi desenvolvido por pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências. Segundo a equipe de pesquisadores, as descobertas reforçam a importância da terceira dose da CoronaVac.

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“Nosso estudo revelou que o regime de vacinação de três doses da CoronaVac induz uma resposta imune melhorada, com neutralização significativamente aumentada. Além disso, um subconjunto de anticorpos neutralizantes altamente potentes contra as variantes de preocupação estava presente em pelo menos quatro indivíduos [entre 60 investigados]”, afirmam os autores do estudo no artigo.

O estudo

Na pesquisa, a equipe de cientistas coletou amostras de sangue de 60 voluntários que tomaram três doses da CoronaVac. Em comum, os participantes não foram infectados anteriormente por nenhuma variante do coronavírus. Especificamente, a ideia do estudo foi avaliar os títulos de anticorpos neutralizantes contra as variantes Ômicron e Delta (B.1.671.2).

Após a terceira dose, 95% dos participantes apresentaram soroconversão contra a Ômicron. No entanto, os títulos de anticorpos neutralizantes — a concentração de anticorpos presente no soro dos pacientes — eram bastante diferentes, dependendo da variante analisada. A seguir, confira os resultados:

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  • Cepa original (identificado em Wuhan, na China): 254;
  • Delta: 78;
  • Ômicron: 15,5.

"Para os receptores de três doses, o título de anticorpo de neutralização médio geométrico (GMT) para Ômicron foi 16,5 vezes menor do que o do vírus ancestral (254)", comparam os autores do estudo.

Memória imunológica

Vale lembrar que a contagem de títulos de anticorpos é apenas uma parte da resposta imune, ou seja, outros elementos estão envolvidos. É o caso das células B de memória, capazes de reconhecer um invasor e produzir anticorpos para a defesa do organismo.

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Nas amostras, "isolamos 323 anticorpos monoclonais humanos (mAbs), derivados de células B de memória, em vacinados com 3 doses, metade dos quais reconhecem o domínio de ligação ao receptor (RBD) e mostramos que um subconjunto deles (24/163) neutraliza variantes de interesse (VOCs), incluindo a Ômicron, de forma potente", completam os pesquisadores.

Fonte: Instituto Butantan e Nature