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Oi? Cocô de elefante trata COVID-19? Namíbia emite alerta para venda de fezes

Por| 20 de Agosto de 2020 às 09h06

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Nam Anh/Unsplash
Nam Anh/Unsplash

Sabe aquelas notícias em que se precisa ler duas vezes para entender se é aquilo mesmo? Aconteceu algo assim na África nesta semana. Desde que a pandemia começou, várias empresas e instituições estão mobilizadas a encontrar uma vacina, medicamentos ou até mesmo invenções que possam ajudar na luta contra a COVID-19. Em compensação, muitos tratamentos alternativos e curas duvidosas também acabaram chegando às pessoas. O mais recente é o tratamento com fezes de elefante! As pessoas na Namíbia começaram a comprar e vender, porque a fake news passou a circular nas redes sociais.

O boato ganhou proporções maiores do que as esperadas de tal maneira que fez com que o próprio governo da Namíbia fosse a público para alertar seus cidadãos a não confiarem nas afirmações nas redes sociais de que o esterco de elefante poderia curar a COVID-19. "Temos visto muitas pessoas falando sobre isso nas redes sociais e até nos deparamos com um mercado paralelo, em que a venda de fezes podem chegar a preços exorbitantes. É realmente um tema que está em alta no nosso país", afirmou Romeo Muyunda, ministro do meio ambiente, engenharia florestal e turismo da Namíbia.

Muyunda ainda acrescentou que o governo decidiu se posicionar ao perceber que as fezes de elefantes estavam sendo vendidas seguindo a premissa de que tinham as propriedades curativas. A fala foi corroborada pelo ministro da Saúde, Kalumbi Shangula: "Se alguém alega que as fezes de um elefante podem curar a doença, é preciso que as pessoas tratem isso como uma informação falta".

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E ao contrário do que você pode pensar, essa ideia de que as fezes dos elefantes podem ser curativas nem sequer é novidade! O que acontece é que muitos dos curandeiros das religiões tradicionais da Namíbia defendem que esses dejetos seriam capazes de amenizar as dores de cabeça, dores de dente ou até mesmo casos de sinusite. Por enquanto, não há nenhuma comprovação científica acerca de propriedades presentes nas fezes dos elefantes que façam bem à saúde, e muito menos quando o assunto é coronavírus.

De acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, a Namíbia conta atualmente com 4.464 infectados e 37 mortes por COVID-19. O país em questão, no início da pandemia, chegou a receber elogios por conta da rapidez em combater o coronavírus. No entanto, nos últimos tempos, enfrenta aumento no número de casos.

Fonte: CGTN Africa