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Ocupação de UTI para COVID-19 chega a 100% em três capitais do Brasil; veja onde

Por| Editado por Luciana Zaramela | 03 de Junho de 2021 às 21h44

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halfpoint/envato
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Após um período de queda nos índices brasileiros da COVID-19, um levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) aponta para o crescimento no número de novos casos da infecção do coronavírus SARS-CoV-2 e óbitos. Nos últimos sete dias, a média diária foi de 62,6 mil novos diagnósticos e de 1,8 mil mortes. Nesse cenário, a taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) já chegou a 100% em três capitais brasileiras.

Na segunda-feira (31), Curitiba (PR), Campo Grande (MS) e Aracaju (SE) já apresentavam uma taxa de ocupação de leitos de UTI igual ou superior a 100%. Com esse índice, é possível dizer que as cidades enfrentam colapso no sistema de saúde pública, porque há fila de espera de pacientes infectados pelo coronavírus por vaga.

Segundo apuração da Folha de S. Paulo, essa tendência de alta procura por leitos intensivos da COVID-19 pode ser observada em outras capitais brasileiras. No total, 10 capitais registram ocupação de leitos acima de 90% e, na maioria dos casos, os leitos disponíveis são aqueles que vagaram recentemente e estão sendo preparados para receber outros pacientes do coronavírus. Todas as cinco regiões do país se encontram nesse cenário de alguma forma.

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Confira a lista de leitos ocupados pela COVID-19 nas 10 capitais mais afetadas pela doença:

  1. Curitiba (PR): 104%
  2. Campo Grande (MS): 101%
  3. Aracaju (SE): 100%
  4. Natal (RN): 98%
  5. São Luís (MA): 98%
  6. Recife (PE): 98%
  7. Cuiabá (MT): 97%
  8. Rio de Janeiro (RJ): 95%
  9. Fortaleza (CE): 94%
  10. Palmas (TO): 93%

Fora da lista por causa da alta oferta de leitos da UTI, o número de internados em decorrência da COVID-19 na cidade de São Paulo é elevada. São 1.371 pessoas internadas, o que representa 81% da capacidade de leitos do tipo. Por outro lado, este é o maior número de internações entre as capitais. No estado, eram 10.925 pessoas internadas em leitos de terapia intensiva e mais 13 mil pessoas em leitos de enfermaria na quarta-feira (2). 

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Há diversos fatores para a retomada de internações da COVID-19, como o relaxamento das medidas de distanciamento ou a menor adesão ao uso de máscaras. O médico infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, Jamal Suleiman, alerta para a falsa sensação de segurança de quem já recebeu a primeira dose de uma vacina contra a COVID-19.

“O que tem acontecido é que as pessoas começaram a se sentir seguras tomando uma dose só. E acabam se expondo. E isso independente da vacina que tomaram. O indivíduo toma a vacina e baixa a guarda”, afirmou Suleiman para o G1.

Fonte: ConassFolha de S. Paulo e G1