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O que é bebê empelicado e por que esses nascimentos são raros?

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Wavebreakmedia_micro/Freepik
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Esqueça quase tudo o que você sabe sobre os nascimentos e partos humanos. Agora, sim, está oficialmente pronto para entender o que é um bebê empelicado. Neste caso, a criança vem ao mundo ainda "embalada" pela bolsa amniótica, como se estivesse nadando em uma bolha ou num saco plástico. Em alguns lugares, esses pequenos são chamados de crianças-sereias.

Embora o parto empelicado seja algo bastante curioso por fugir do comum e vídeos desses acontecimentos viralizarem com frequência, o fenômeno é considerado raro. Ninguém sabe muito bem o porquê da bolsa não estourar nesses casos, mas isso não é associado a nenhum risco de vida para o bebê e nem para a mãe.

Normalmente, os bebês empelicados nascem por cesárea e/ou são prematuros — quando o nascimento ocorre antes da 37ª semana de gestação, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). São altamente incomuns em partos normais, mas não impossíveis.

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O é que é bebê empelicado?

Em estudo publicado na revista científica Case Reports Obstetrics Gynecology, pesquisadores do South Shore University Hospital, nos Estados Unidos, definem bebê empelicado “como um feto que nasce completamente contido em um saco amniótico”.

A bolsa amniótica é composta por duas membranas finas e transparentes, o âmnio (camada externa) e o córion (interna). Do lado de dentro, está contido o líquido amniótico que envolve o feto em desenvolvimento até o final da gestação. Essa estrutura é flexível e pode até parecer frágil, mas é bastante resistente. Tanto é que, alguns raros casos, ela não se rompe durante o parto.

Na imensa maioria das vezes, essa bolsa se rompe naturalmente. Se isso não acontecer, o bebê ainda estará em segurança, já que ele segue preso ao cordão umbilical — rico em oxigênio. Neste caso, o rompimento da bolsa é feito pelo médico obstetra e o resto do processo é “normal”: o bebê respira pela primeira vez e começa a chorar, sem sequelas.

A seguir, veja sobre o que estamos falando:

Quão raro é um parto empelicado?

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Segundo os pesquisadores do hospital universitário, é estimado que ocorra um parto do tipo a cada 80 mil ou mais nascimentos no mundo. Essa média torna o parto empelicado um acontecimento raro, mas não impossível de ser observado. Tanto é que existem alguns relatos brasileiros da condição.

Casos no Brasil

No Brasil, não existe uma estimativa nacional de quantos partos empelicados acontecem por ano e nem uma média dos últimos 20 anos, por exemplo. Apesar disso, os casos costumavam viralizar por sua beleza e pela própria curiosidade — afinal, quem não se interessa por entender aquilo que não é comum?

Entre os casos mais recentes de bebê empelicado brasileiro, está o do Bernardo, que nasceu em maio deste ano. A mãe Jaqueline, de 43 anos, estava grávida de gêmeos, mas apenas um dos meninos veio ao mundo antes do rompimento da bolsa amniótica após a cesárea. Os dois nasceram saudáveis no parto registrado em Salvador, na Bahia.

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Confira o nascimento do gêmeo Bernardo:

Em 2021, a mãe Andressa, de 18 anos, deu à luz a um menino chamado Miguel, que nasceu através de uma cesárea. A criança de Vilhena, em Rondônia, também estava envolvida pela película resistente, que foi removida pela equipe médica. Novamente, nenhum risco estava envolvido com o nascimento.

Assista ao Miguel ainda embalado pela bolsa amniótica:

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Fonte: Case Reports Obstetrics Gynecology