O que a ciência sabe até agora sobre gêmeos idênticos
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |
A marca Gucci conduziu desfiles protagonizados por gêmeos idênticos, que sempre tiveram um lugar especial na ciência. Também chamados de gêmeos univitelinos ou monozigóticos, são diferentes dos gêmeos bivitelinos ou dizigóticos (os que não são idênticos). No caso dos idênticos, apenas um óvulo é fertilizado. Este único óvulo então se divide, criando dois (ou mais) embriões com a mesma composição genética, ou seja, o mesmo DNA.
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A estimativa é que, em todo o mundo, quatro em cada mil nascimentos são gêmeos idênticos. Mas vale notar que as chances de ter gêmeos idênticos não são atribuídas à genética. NHS (Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido) afirma que “todo mundo tem a mesma chance de ter gêmeos idênticos".
Entretanto, existe uma hipótese não confirmada de que genes envolvidos em células que se unem estejam de alguma forma envolvidos com a formação de gêmeos idênticos, o que explicaria por que algumas famílias têm um número estatisticamente improvável de gêmeos idênticos.
Um estudo do ano passado sugere que alguns fatores foram responsáveis pela ascensão dos nascimentos de gêmeos, como o aumento do uso de tratamentos de fertilidade e pessoas tendo filhos mais tarde na vida.
Já em 2020, pesquisadores descreveram o caso mais antigo já relatado de gêmeos idênticos: dois bebês do sexo masculino que foram enterrados juntos há cerca de 31 mil anos. Na ocasião, um gêmeo morreu no parto, e o outro morreu cerca de 50 dias depois.
A instituição britânica Twins Trust estima que as gestações múltiplas são duas vezes mais propensas a natimortos e 4,3 vezes mais propensas a resultar em morte neonatal em comparação com as gestações únicas. Acontece que gêmeos idênticos geralmente compartilham uma placenta. No entanto, a circulação sanguínea compartilhada pode deixar um dos gêmeos anêmicos e menor do que o outro.
Fonte: IFL Science