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O pulmão de um ex-fumante pode se recuperar e voltar ao normal?

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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twenty20photos/envato
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Já ficou muito claro, para a medicina, que o cigarro acarreta incontáveis danos para o pulmão. No entanto, especialistas continuam estudando como o órgão fica alguns anos depois que a pessoa parou de fumar. Um estudo publicado na revista científica Nature já apontou que as células do pulmão que não foram danificadas pelo tabagismo podem regenerá-lo, por exemplo.

Segundo o estudo, grande parte das células retiradas das vias respiratórias de um fumante sofrem alterações genéticas, com exceção de um pequeno número, que se mantém ileso mesmo após décadas de tabagismo. Essas células reabastecem o revestimento das vias aéreas.

"O tabagismo aumenta a carga mutacional, a heterogeneidade e as mutações das células, mas o abandono do hábito promove a reposição do epitélio brônquico [mucosa que reveste boa parte do trato respiratório]", afirma o estudo.

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Poucos dias após deixar o hábito, o ex-fumante já pode notar uma melhora no olfato e no paladar. O risco de ataque cardíaco e de doenças cardíacas diminui. Após o primeiro mês, conforme os pulmões se regeneram, a pessoa tem menos tosse e menos dificuldade para respirar.

Após nove meses, os pulmões já estão parcialmente regenerados. Ao ficar dez anos sem cigarro, o ex-fumante tem metade das chances de desenvolver câncer de pulmão, em comparação com alguém que segue com o vício.

A FDA (Food and Drug Administration, agência de saúde dos EUA) ressalta que o tabagismo pode ter consequências graves nos pulmões em todas as idades. "Os pulmões de bebês cujas mães fumaram durante a gravidez podem se desenvolver de forma anormal, e adolescentes que fumam podem desenvolver pulmões menores e mais fracos que nunca crescem até o tamanho normal e nunca funcionam em sua capacidade máxima", afirma o órgão.

Fonte: Nature, FDA, CDC