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O número de diagnósticos de autismo aumentou? Saiba detectar sinais

Por| Editado por Luciana Zaramela | 03 de Abril de 2023 às 15h37

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LightFieldStudios/envato
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No último domingo (2), celebramos o Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo, data instituída em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU). A proposta é levantar debates em torno do Transtorno do Espectro Autista (TEA), e um deles é a importância que a informação tem para a qualidade de vida dos envolvidos.

Um dos problemas da falta de conhecimento sobre o autismo é a subnotificação sobre os casos, porque os pais e professores demoram a perceber indicativos do transtorno. Para se ter uma noção, especialistas alertam que esse problema faz com que muitas pessoas cheguem à idade adulta sem a consciência de que possuem um distúrbio.

Há mais diagnósticos de autismo atualmente?

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Sob o ponto de vista do dr. Alexandre Pimenta, responsável técnico pela rede AmorSaúde, o número de diagnósticos de autismo em crianças vem crescendo porque agora a população conhece melhor o espectro do que conhecíamos há 30 ou 40 anos.

"Isso nos faz pensar em todas as pessoas adultas que nunca foram diagnosticadas, e que, portanto, nunca tiveram qualquer tipo de tratamento. Além disso, como nem todo mundo sabe reconhecer os sintomas do autismo em adultos, o diagnóstico tardio se torna ainda mais difícil", pontua o especialista.

O profissional explica que isso compromete a qualidade de vida das pessoas que convivem com o TEA, mas sequer conhecem sua condição. Essa questão impede que milhares de pessoas sejam integradas à dinâmica social e conheçam seus direitos.

Sinais que ajudam a identificar o autismo

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Dito isso, saber sinais que podem levar à identificação do autismo pode ser de grande importância. Segundo a psicóloga Marina Rodrigues Alves, supervisora do Neurodesenvolvimento Infantil do Instituto Jô Clemente (IJC), o diagnóstico precoce é fundamental para que o indivíduo receba o tratamento adequado e desenvolva uma vida produtiva e inclusiva, com chances de estudar e trabalhar.

"No diagnóstico, é detectado se o paciente possui características que envolvam prejuízos na interação social, na linguagem/comunicação, e se há padrões repetitivos de comportamento”, explica Marina. A recomendação é que os pais, professores e/ou responsáveis procurem ajuda profissional diante de sinais como:

  • Pouco contato visual
  • Não interagir com outras pessoas
  • Não atender quando chamado pelo nome
  • Dificuldade em atenção compartilhada
  • Atraso na fala
  • Não usar a comunicação não-verbal
  • Comportamentos sensoriais incomuns (incômodo com barulhos altos ou com o toque de outras pessoas)
  • Brincadeiras solitárias e com partes de brinquedos (como a roda de um carrinho ou algum botão)
  • Movimentos incomuns, como chacoalhar as mãos, balançar para frente e para trás, correr de um lado para outro, pular ou girar sem motivos aparentes.
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O Ministério da Saúde aponta que o TEA é um distúrbio caracterizado pela alteração das funções do neurodesenvolvimento, que podem englobar alterações qualitativas e quantitativas da comunicação, seja na linguagem verbal ou não verbal, na interação social e do comportamento.

A Pasta aponta que, dentro do espectro, são identificados graus que podem ser leves e com total independência, apresentando discretas dificuldades de adaptação, até níveis de total dependência para atividades cotidianas ao longo de toda a vida.

Por ser essencialmente clínica, a identificação de traços do autismo é realizada a partir das observações da criança, entrevistas com os pais e aplicação de métodos de monitoramento do desenvolvimento infantil, durante as consultas de avaliação do crescimento da criança.

Fonte: Com informações de Ministério da Saúde