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O mundo ainda enfrenta apenas uma grande onda do novo coronavírus, defende a OMS

Por| 29 de Julho de 2020 às 15h40

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Durante a pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), há inúmeras especulações sobre uma segunda onda da COVID-19 para as regiões que conseguiram, de alguma foram, controlar as transmissões do vírus. Explicando essa história, a Organização Mundial da Saúde (OMS) descreve a situação como "uma grande onda" e, não, com várias ondas independentes.

É dessa forma que as autoridades da OMS têm se esforçado para evitar a descrições de que um ressurgimento de casos da COVID-19, como os que Hong Kong enfrenta, sejam "ondas" da doença, o que segundo a entidade não faz tando sentido, diante das particularidades do coronavírus. Isso porque a organização tem um ponto de vista global e, diante dessa visão, os casos da COVID-19 se mostram como um único surto que é grande e ainda está em aceleração.

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Única onda do coronavírus

Sobre o que pode, de fato, formar uma segunda onda da COVID-19 e sobre um retorno sazonal da doença, Margaret Harris, porta-voz da OMS, insistiu ontem (28) que essas discussões não colaboram para o entendimento de como o novo coronavírus se propaga. "Estamos na primeira onda. Será uma grande onda. Ela subirá e descerá um pouco. A melhor coisa é achatá-la e transformá-la em algo que passa junto aos pés", explica Harris.

“As pessoas ainda estão pensando em estações do ano. O que todos nós precisamos entender é que este é um novo vírus e este está se comportando de maneira diferente”, pontua Harris. Por outro lado, a porta-voz da OMS lembra que a gripe - essa sim uma doença sazonal - pode complicar o quadro da COVID-19 no Hemisfério Sul, já que o vírus da influenza age mais durante o inverno. 

"Se você tem um aumento de uma doença respiratória quando já tem um fardo muito grande de doenças respiratórias, isso coloca ainda mais pressão no sistema de saúde", afirma Harris na ocasião em também lembrou da importância da vacinação contra a gripe.

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O que seria uma segunda onda?

“'Segunda onda' não é um termo que usaríamos [em epidemiologia] no momento atual, pois o vírus não desapareceu, está em nossa população, se espalhou para 188 países até agora e o que podemos ver, agora, são essencialmente picos localizados ou o retorno localizado de um grande número de casos”, esclarece Linda Bauld, professora de saúde pública da Universidade de Edimburgo, na Escócia.

Em outras palavras, para uma segunda onda chegar, seria preciso, antes, que os países tivessem controlado a primeira leva de casos da COVID-19, de forma global. O que pode parecer uma segunda onda é, na maioria dos caos, áreas diferentes do mesmo país que enfrentam fases diferentes de disseminação do novo coronavírus.

Por exemplo, “os EUA, como um todo, não estão em uma segunda onda, porque a primeira nunca parou realmente. O vírus está, simplesmente, se espalhando para novas populações ou ressurgindo em lugares que baixaram a guarda muito cedo”, comenta Melissa Hawkins, professora de saúde pública da Universidade Americana, em Washington.

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Fonte: Agência Brasil e The Guardian