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O idioma que uma pessoa fala pode afetar a recuperação do AVC

Por| Editado por Luciana Zaramela | 19 de Abril de 2023 às 11h00

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maxxyustas/envato
maxxyustas/envato

Segundo um estudo publicado na revista científica Neurology na última quarta (12), o idioma que uma pessoa fala pode afetar a recuperação de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). O artigo sugere que alguém bilingue se recupera melhor do que alguém que fala apenas uma língua.

O estudo foi feito com mexicanos-americanos, através de uma comparação entre os que falam espanhol e inglês e os que falam apenas o espanhol. A teoria dos pesquisadores é que a maneira como os idiomas moldam nosso cérebro pode ser muito mais importante do que a população acredita.

Os pesquisadores estudaram as recuperações de 1.096 pacientes, três meses após o AVC, e então compararam seus resultados em três áreas: neurológicas (o que envolve força muscular, fala e coordenação), habilidades de pensamento e memória e capacidade de realizar tarefas diárias.

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Os pacientes que falavam apenas espanhol tiveram piores resultados neurológicos três meses após um derrame do que os que falavam apenas inglês ou eram bilíngues. Não houve diferenças significativas nas outras duas medidas, mas a lacuna neurológica foi substancial.

O próprio grupo reconhece que pode haver alguma diferença não identificada, como renda. Além disso, o espanhol e o inglês são mais semelhantes entre si do que o árabe e o alemão; portanto, se a diferença realmente se relaciona com alterações cerebrais induzidas pela linguagem, há potencial para uma variação ainda maior entre aqueles com outras línguas nativas.

Idioma e cérebro

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Anteriormente, um estudo apontou que o idioma nativo pode influenciar diretamente as conexões do cérebro. Na ocasião, os cientistas explicaram que, embora a rede de linguagem cresça e se torne uma das mais fortes do cérebro, as conexões no nascimento são fracas, e à medida que aprendemos a falar, os vínculos se fortalecem entre as regiões do cérebro responsáveis ​​por reconhecer palavras a partir de sons e interpretar o significado das frases.

Fonte: Neurology via IFL Science