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Novo dispositivo usa microagulhas para monitorar glicose e álcool no sangue

Por| Editado por Luciana Zaramela | 17 de Maio de 2022 às 19h10

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iLexx/envato
iLexx/envato

Cientistas da University of California (EUA) desenvolveram um dispositivo com microagulhas, capaz de monitorar os níveis de glicose e álcool no sangue, simultaneamente e em tempo real. As descobertas e os detalhes sobre o protótipo foram publicados na revista científica Nature Biomedical Engineering, no último dia 9.

Na prática, esse dispositivo funciona como um adesivo, e as microagulhas detectam biomoléculas presentes no fluido que envolve as células sob a pele. Em seguida, as informações são transmitidas para um aplicativo.

Para que seja feita a detecção, as pontas das agulhas contam com diferentes enzimas, que reagem à glicose, ao álcool e ao lactato, um ácido produzido pelos músculos, glóbulos vermelhos e células cerebrais durante determinadas atividades físicas — o que também influencia a capacidade do organismo de regular a glicose. Essas reações geram pequenas correntes elétricas, e os resultados são exibidos em tempo real no app.

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A ideia dos pesquisadores, ao monitorar tanto os níveis de álcool quanto os níveis de glicose no sangue, pode ajudar o público com diabetes a manter um equilíbrio. “Com o wearable, as pessoas podem ver a interação entre seus picos ou quedas de glicose durante a alimentação, exercícios e consumo de bebidas alcoólicas. Isso pode aumentar a qualidade de vida", argumentam os autores do estudo.

Um diferencial do dispositivo é que essas agulhas interagem diretamente com o fluido intersticial, um líquido encontrado entre as células. Para testá-lo, os pesquisadores acompanharam cinco voluntários, que usaram o dispositivo durante a realização de uma atividade física, alimentação e ingestão de álcool.

A equipe percebeu que as medições feitas pelo dispositivo forneceram resultados semelhantes às realizadas por um monitor comum de glicose e por uma análise do lactato no sangue, realizada em laboratório. Agora que as primeiras evidências da eficácia do adesivo com microagulhas vieram à tona, a ideia é desenvolver mais a tecnologia, até que seja possível a comercialização.

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Fonte: Nature Biomedical Engineering via UC News