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Novo coronavírus pode ter começado a contaminar as pessoas bem antes de dezembro

Por| 09 de Junho de 2020 às 17h40

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Reprodução: Pixabay
Reprodução: Pixabay

O novo coronavírus pode ter começado a circular na China antes do que imaginávamos, segundo uma pesquisa conduzida pelas universidades de Harvard e Boston. A COVID-19 apareceu no país pela primeira vez em dezembro de 2019, mas de acordo com o estudo o SARS-CoV-2 isso pode ter acontecido ainda em agosto.

As universidades fizeram a análise de dados de satélite de estacionamentos perto de hospitais da cidade de Wuhan, comparando com dados do Baidu, o mecanismo de busca usado na China, de pessoas que fizeram a procura por sintomas como "tosse" ou "diarreia".

Além do aumento das buscas online pelos sintomas, houve um crescimento considerável no tráfego hospitalar em agosto do ano passado, quatro meses antes do vírus começar a ser relacionado ao mercado de frutos do mar de Wuhan, dando os primeiros passos para uma pandemia.

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Segundo os pesquisadores, o aumento aconteceu nas pesquisas sobre diarreia, o que não havia sido constatado em surtos de gripe anteriores. Isso indica, portanto, um sintoma bem específico da COVID-19 que, hoje, já não é novidade. As informações para descobrir tendências indicadoras de epidemias já foram usadas anteriormente, sendo uma medida bastante útil para a saúde pública.

A pesquisa ainda precisa ser revisada e, enquanto isso, não há como afirmar a possibilidade de o vírus ter surgido em agosto. "Nossas evidências auxiliam outros trabalhos recentes que mostram que a emergência ocorreu antes da identificação no mercado de frutos do mar de Huanan", dizem os pesquisadores.

As autoridades chinesas não gostaram muito do estudo, afirmando achar o método de pesquisa "ridículo". Nesta terça-feira (9), a porta-voz do primeiro-ministro do departamento de informação da China, Hua Chunying, disse à imprensa que "é incrivelmente ridículo chegar a essa conclusão baseada em observações superficiais, como o volume do tráfego". A China vem enfrentando a pressão de, pelo menos, 120 países sobre investigações que cheguem à conclusão de quando e onde aconteceu o início da pandemia.

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Fonte: Forbes