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Nova variante do coronavírus pode reinfectar com facilidade, segundo estudo

Por| 22 de Janeiro de 2021 às 14h30

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Mattthewafflecat/Pixabay
Mattthewafflecat/Pixabay

Desde o início do mês, pesquisadores estão levantando olhares para uma nova variante do coronavírus descoberta na capital do Amazonas, que tem mais potencial de transmissão e reinfecção. Simultaneamente, duas variantes do coronavírus foram encontradas, uma no Reino Unido e outra na África do Sul, trazendo ainda mais aflição para a população. Sob a premissa de entender isso melhor, um estudo da África do Sul apontou que essas mutações compartilhadas pelas variantes podem não ser neutralizadas por anticorpos produzidos pelo organismo de quem já foi infectado.

O estudo da Universidade KwaZulu-Natal, de Durban, ainda não foi revisado por pares. Nele, os pesquisadores ressaltam a possibilidade de que pessoas que tiveram doença sejam infectadas novamente se expostas a essas variantes.

Mas ainda há muito estudo pela frente para trazer uma definição concreta. De acordo com o responsável pela pesquisa, Tulio de Oliveira, futuros estudos devem ser feitos em busca de mensurar o impacto dessa 'neutralização reduzida' dos anticorpos em nossa imunidade.

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Durante entrevista à BBC News, o pesquisador contou que testes em laboratório a partir do "vírus vivo" da cepa achada na África do Sul (501Y.V2) contendo mutações como E484K e N501Y, que inclusive se encontram presentes também na variante do Brasil, mostraram "zero ou muito baixa neutralização" do patógeno pelos anticorpos.

O que sabemos até agora sobre as variantes do coronavírus

É preciso entender que outras variantes já surgiram desde o início da pandemia. É o caso da 614G, detectada pela primeira vez no leste da China, ainda em janeiro de 2020, que depois se espalhou rapidamente pela Europa e pela cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos.

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Em dezembro de 2020, o secretário de Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, anunciou uma nova cepa que seria a responsável pelo aumento de casos da COVID-19 no sul da Inglaterra na época. A variante foi nomeada como VUI - 202012/01. A cepa carrega uma mutação na região do genoma viral que codifica a proteína espicular, da membrana do agente infeccioso.

Também encontraram uma em São Paulo, no meio de um sequenciamento genético, no fim do ano de 2020. Atualmente, essa variante já está registrada em outros 17 países, e foi batizada de B.1.1.7. Suas mutações afetam a forma na qual o vírus se agarra às células humanas, classificada como sendo 56% mais contagiosa. E nesta semana, o Ministério da Saúde brasileiro notificou outros países sobre outra cepa do vírus da COVID-19 com mutações, denominada de B.1.1.28, descoberta em Manaus.

Fonte: MedRxiv via BBC News