Nova técnica pode prever se você terá declínio cognitivo no futuro
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |
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Você já ouviu falar das proteínas tau? Basicamente, estão presentes nos neurônios do sistema nervoso central. E de acordo com um novo estudo da Northwestern Medicine, o acúmulo da proteína tau no cérebro prevê a quantidade de declínio cognitivo a longo prazo.
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O estudo usou um novo tipo de tomografia que mostra concentrações de proteína tau, que, dependendo da localização onde atua no cérebro, pode ser neurotóxica. Quanto mais alto o nível de tau em determinadas regiões do cérebro, pior é o desempenho cognitivo de uma pessoa, segundo o que mostrou o artigo. Quanto mais proteína tau uma pessoa tinha em uma região específica do cérebro, maior a probabilidade de ter uma cognição pior um ano depois. O estudo também descobriu que quanto mais alto os níveis de tau, mais atrofia cerebral o paciente apresentava.
“A presença e o nível desses biomarcadores podem nos dar uma imagem de quão agressiva a doença vai ser, fornecendo informações importantes para intervenções medicinais”, afirma o estudo, que foi um dos primeiros a mostrar que a quantidade de proteína tau no cérebro prevê o declínio cognitivo subsequente ao longo do tempo.
Os indivíduos no estudo tinham Afasia Primária Progressiva, que geralmente é causada por uma forma precoce de Alzheimer. Nessa condição, as partes do cérebro que controlam a linguagem e a fala se degeneram. A descoberta sobre o declínio preditivo de patologias neurodegenerativas também se aplica às formas mais comuns de Alzheimer, nas quais a perda de memória é o sintoma primário.
No estudo, os cientistas mediram os níveis de proteína tau e testaram os participantes quanto à capacidade de nomear objetos. Eles voltaram um ano depois e foram testados novamente em sua capacidade de nomeá-los. Quanto mais concentração de tau eles tinham, maior era probabilidade de prejuízo cognitivo, apresentando declínio para lembrar dos nomes dos objetos durante os testes. O estudo completo pode ser acessado aqui.
Fonte: Science Blog