Neurônios ficam sincronizados com o passar do tempo, e isso é essencial
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |
Em estudo recente publicado na Cell Reports, cientistas descrevem uma descoberta: os neurônios entram em sintonia, em determinado momento, em meio a atividades quase rítmicas. Essa sincronia ajuda a trocas informações de forma eficiente e desempenhar funções importantes.
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Assim, quando os neurônios entram em sintonia, isso facilita o aprendizado, memória, atenção, percepção e movimento. Mas a maneira como esses ritmos são gerados e mantidos para atender às necessidades do cérebro ainda atrai uma série de pesquisas.
No novo artigo, a equipe de neurocientistas descobriu que um grupo de neurônios no cérebro mostra atividade rítmica em diferentes frequências no estado dessincronizado, mas podem alinhar suas frequências para produzir um ritmo cerebral sincronizado após a ativação.
Para investigar os mecanismos de sincronização do cérebro, a equipe gravou neurônios especiais de uma estrutura cerebral profunda chamada septo medial, registrando a atividade de várias células ao mesmo tempo. Além dessa gravação cerebral profunda multicanal, os cientistas fizeram um registro paralelo da atividade do hipocampo para entender o sinal de saída do septo medial.
Os experimentos aconteceram em ratos e camundongos, acordados ou sob anestesia. O mecanismo de sincronização estava presente em todas as condições testadas, e os autores acreditam ser um mecanismo presente em diferentes espécies, incluindo humanos.
No entanto, um alerta é que quando esse mecanismo de sincronização dos neurônios está desregulado, pode levar a problemas de memória e atenção, e até contribuir para condições graves como esquizofrenia, epilepsia e Alzheimer. A ideia dos autores é que uma melhor compreensão sobre esse comportamento cerebral possa ajudar a desenvolver tratamentos para essas doenças.
Fonte: Cell Reports via Medical Xpress