Mounjaro | Anvisa aprova medicamento como tratamento para perda de peso
Por João Melo | •
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o medicamento Mounjaro para o tratamento de sobrepeso e obesidade. A resolução foi publicada na edição desta segunda-feira (9) do Diário Oficial da União (DOU).
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Comercializada no país desde maio deste ano, a caneta injetora só estava autorizada para o tratamento de diabetes tipo 2. Agora, o medicamento pode ser prescrito por médicos com a finalidade de auxiliar na perda de peso.
A aprovação do órgão regulador permite que o medicamento, da empresa Eli Lilly do Brasil, seja indicado para casos de obesidade associados a comorbidades, como hipertensão e colesterol alto.
"Novas opções de tratamento trazem mais oportunidades para quem vive com obesidade e está à procura de melhores alternativas para controle de peso”, destaca Luiz Magno, Diretor Sênior da Área Médica da Lilly do Brasil, em comunicado.
Preço do medicamento
Estão disponíveis no mercado nacional canetas injetoras de dose única de Mounjaro, nas dosagens de 2,5 mg e 5 mg — geralmente utilizadas nas fases iniciais do tratamento. As embalagens contêm quatro canetas, o equivalente a um mês de uso (com a aplicação de uma por semana).
As canetas são disponibilizadas aos pacientes por meio do programa Lilly Melhor Para Você, com os seguintes preços máximos: R$ 1.406,75 (2,5 mg) e R$ 1.759,64 (5 mg) em compras online; e R$ 1.506,76 (2,5 mg) e R$ 1.859,65 (5 mg) em lojas físicas.
Compras realizadas fora do programa, em farmácias e drogarias no território nacional, poderão chegar aos valores máximos de R$ 1.907,29 (2,5 mg) e R$ 2.384,34 (5 mg), considerando a alíquota de 18% de ICMS.
Efeito do Mounjaro no organismo
O Mounjaro é um medicamento injetável de uso semanal indicado para adultos com diabetes tipo 2 e, agora, para adultos com obesidade e sobrepeso. Ele atua no controle da glicemia e na redução de peso, semelhante a remédios como Ozempic e Wegovy.
Produzido pela Eli Lilly, o Mounjaro é o primeiro aprovado a agir simultaneamente nos receptores dos hormônios GIP e GLP-1, que estão ligados ao efeito incretina — resposta do organismo à ingestão de alimentos que estimula a liberação de insulina.
Pacientes com diabetes tipo 2 apresentam redução nesse efeito. O GIP representa cerca de dois terços da ação incretínica, ajudando na secreção de insulina, controle do apetite e aumento do gasto calórico, favorecendo o emagrecimento.
Enquanto o Ozempic atua apenas sobre o GLP-1, com a substância semaglutida, o Mounjaro utiliza a tirzepatida, que combina ações sobre os dois hormônios, podendo gerar respostas mais eficazes no controle metabólico.
“A obesidade é diferente de um desejo social de emagrecer. A Lilly não promove ou encoraja o uso de medicamentos para fins estéticos e entende que essa prática só estigmatiza ainda mais a medicação para os pacientes que realmente precisam dela para ter benefícios para a saúde”, ressalta Luiz Magno.
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