Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Mortes relacionadas com calor extremo vão aumentar em 5 vezes até 2050

Por| Editado por Luciana Zaramela | 16 de Novembro de 2023 às 15h06

Link copiado!

Mateusz Klein/Unsplash
Mateusz Klein/Unsplash

No mundo todo, as mortes relacionadas ao calor extremo devem aumentar, conforme os efeitos do aquecimento global se intensificam. A estimativa é que esses óbitos aumentem em quase cinco vezes até o ano 2050, se medidas em larga escala não forem adotadas no presente.

Este possível futuro distópico é a principal conclusão de um relatório recém-publicado na revista científica The Lancet. Para chegar à estimativa, participaram do estudo mais de 100 especialistas, vindos de 52 instituições de pesquisas e agências da ONU de todo o mundo.

Mortes relacionadas com o calor

Continua após a publicidade

Entre os anos de 2013 e 2022, já foi possível observar o aumento das mortes relacionadas ao calor extremo. Quando se observa as pessoas com mais de 65 anos, a taxa de óbito por esta causa subiu 85% quando comparada com os anos de 1991 e 2000. Se as temperaturas estivessem iguais, a porcentagem estimada seria de 38%.

Aqui, é preciso destacar que o aumento de 4,7 vezes no número de mortes relacionadas com o calor até 2050 não está único e exclusivamente ligado com a desidratação e problemas cardiovasculares, por exemplo. Afinal, o aquecimento global afeta a saúde humana de formas muito mais complexas.

Entram nessa contagem as pessoas que morreram de fome devido às secas extremas e que terão maior dificuldade para se alimentar. A falta de acesso à água. Outro problema será a maior incidência de doenças transmitidas por mosquitos, que vão se proliferar ainda mais com as altas temperaturas. Na verdade, inúmeras doenças irão ser transmitidas nesse novo cenário, incluindo patógenos hoje desconhecidos.

Continua após a publicidade

Em paralelo, os sistemas de saúde não estarão preparados para lidar com o novo fardo e o aumento das buscas por atendimento médico, o que contribuirá com as mortes, alertaram os investigadores.

Aumento das temperaturas globais

“O nosso balanço da saúde aponta que os perigos crescentes das alterações climáticas estão custando vidas e meios de subsistência em todo o mundo agora”, afirma Marina Romanello, pesquisadora da University College London e uma das autoras do relatório, em nota.

“As projeções de um mundo 2 °C mais quente revelam um futuro perigoso e são um lembrete sombrio de que o ritmo e a escala dos esforços de mitigação observados, até agora, têm sido lamentavelmente inadequados para proteger a saúde e a segurança das pessoas”, complementa Romanello.

Continua após a publicidade

Para evitar que o cenário se confirme, os cientistas destacam a importância da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28), que acontece no final deste mês, em Dubai, de onde precisam surgir medidas efetivas para conter a crise climática.

Fonte: The Lancet