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Minúsculos robôs magnéticos entregam medicamentos direto no órgão doente

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Alexander Grey/Unsplash
Alexander Grey/Unsplash

Quando a saúde e a tecnologia se encontram, os robôs têm sido grandes aliados. O exemplo mais recente disso é o projeto da Nanyang Technological University (NTU), de Singapura. Os pesquisadores desenvolveram pequenos robôs capazes de entregar medicamentos. São do tamanho de grãos que podem ser controlados usando campos magnéticos.

Os robôs em miniatura podem transportar até quatro medicamentos diferentes e liberá-los em ordens e doses reprogramáveis.

O estudo segue trabalhos da NTU que já haviam desenvolvido robôs em miniatura controlados magneticamente, capazes de realizar manobras complexas, como nadar em espaços apertados e agarrar objetos minúsculos.

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Robôs magnéticos entregam medicamentos

“O que era um cenário de filme de ficção científica agora está se tornando mais próximo da realidade com a inovação do nosso laboratório. Métodos tradicionais de administração de medicamentos, como administração oral e injeções, parecem ineficientes quando comparados ao envio de um pequeno robô pelo corpo para administrar o medicamento exatamente onde ele é necessário”, afirma o pesquisador Lum Guo Zhan, responsável pelo estudo.

Os robôs do tamanho de um grão foram criados com micropartículas magnéticas e polímero, que não são tóxicas para humanos.

Esses pequeno robôs entregadores de medicamentos também conseguem rastejar com rapidez para escapar de obstáculos e podem navegar em ambientes complexos e não estruturados dentro do corpo humano.

Em experimentos de laboratório, o robô realizou tarefas na água que imitavam as condições do corpo humano, e conseguiram se mover a velocidades entre 0,30 mm e 16,5 mm por segundo e liberar os medicamentos, comprovando sua capacidade.

“Atualmente usamos um cateter e um fio para mover através dos vasos sanguíneos para tratar problemas. Mas posso prever que não demorará muito para que isso seja substituído por pequenos robôs que podem nadar pelo corpo para alcançar lugares que não podemos alcançar com nossas ferramentas", diz Dr. Yeo Leong Litt Leonard, que também integra a equipe.

Em outro experimento, os pesquisadores testaram a capacidade do robô de administrar medicamentos em ambientes mais desafiadores usando um líquido mais espesso. Conforme diz o estudo, o robô conseguiu navegar pelo ambiente e liberar medicamentos suficientes ao longo de oito horas.

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"Esses robôs poderiam permanecer no lugar e liberar medicamentos ao longo do tempo, o que seria muito mais seguro do que deixar um cateter ou stent dentro do corpo por um longo tempo. Este é um avanço médico prestes a acontecer", completa o médico. As descobertas estão publicadas na Advanced Materials.

Sem vazamentos

Após oito horas de movimento contínuo, o robô exibiu vazamento mínimo de medicamento. Essa capacidade de controlar a liberação do medicamento sem vazamento excessivo torna o robô um bom candidato para tratamentos que exigem a entrega precisa de vários medicamentos em diferentes momentos e locais.

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Fonte: Nanyang Technological University