Minúsculos robôs entregam medicamentos em partes específicas do corpo
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |
Minúsculos robôs podem ajudar a entregar medicamentos em partes específicas do corpo. É o que nos mostra um novo estudo da Caltech, publicado na Science Robotics na quarta-feira (11). Trata-se de microestruturas esféricas feitas de um hidrogel chamado poli(etilenoglicol) diacrilato.
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A estrutura e composição desses microrrobôs permitem que os hidrogéis sejam biocompatíveis. O método de fabricação também permite que a esfera carregue o medicamento para um local alvo dentro do corpo. Ou seja: terapias direcionadas.
"Em vez de colocar um medicamento no corpo e deixá-lo se difundir por todos os lugares, agora podemos guiar nossos microrrobôs diretamente para um local do tumor e liberar o medicamento de forma controlada e eficiente", diz Gao, um dos autores do estudo.
O grupo conseguiu imprimir microestruturas com aproximadamente 30 mícrons de diâmetro. Para ter uma noção, é aproximadamente o diâmetro de um fio de cabelo humano.
Microrrobôs entregam medicamentos
Em sua forma final, os microrrobôs incorporam nanopartículas magnéticas e o medicamento terapêutico dentro da estrutura externa das esferas. Veja como funciona:
Além disso, o comunicado da instituição conta que as nanopartículas magnéticas permitem que os cientistas direcionem os robôs para um local desejado usando um campo magnético externo.
"Quando os robôs alcançam seu alvo, eles permanecem naquele local, e o medicamento se difunde passivamente para fora", explica o grupo.
O estágio final do desenvolvimento envolveu testar os microrrobôs como uma ferramenta de administração de medicamentos em camundongos com tumores de bexiga. Os pesquisadores descobriram que quatro administrações de ao longo de 21 dias foram mais eficazes na redução de tumores do que uma terapêutica não administrada por robôs.
É uma estratégia que tem sido muito visada pela área da saúde nos últimos tempos — minúsculos robôs que entregam medicamentos direto no órgão doente.
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Fonte: Caltech