Ministério da Saúde não deve decretar "fim da pandemia"; entenda o porquê
Por Fidel Forato | Editado por Luciana Zaramela | 31 de Março de 2022 às 17h17
Nos próximos dias, o Brasil não deve decretar o "fim da pandemia" da covid-19, segundo informou o Ministério da Saúde na quarta-feira (30). Em outras palavras, o país ainda levará algum tempo para entrar na endemia do coronavírus SARS-CoV-2.
- Paxlovid: Anvisa aprova remédio da Pfizer contra covid
- Covid e gripe: quem pega as 2 juntas tem maior risco de complicações e morte
Inclusive, representantes da pasta esclareceram que não cabe ao Ministério da Saúde definir o período de encerramento da pandemia. Na verdade, a pasta tem competência apenas para decretar o fim do estado de "emergência sanitária nacional", instituído devido à covid-19.
Vale lembrar que o Brasil está em estado de emergência desde fevereiro de 2020, ou seja, há mais de dois anos. Através da lei 13.979/2020, é a própria Saúde que deve determinar o seu encerramento.
O que precisa para acabar a pandemia?
Além das questões semânticas sobre o país encarar a covid-19 como uma endemia, o ministro Marcelo Queiroga explicou que pelo três fatores devem impactar a mudança nacional de postura em relação ao coronavírus:
- Melhora do cenário epidemiológico da covid-19;
- Estrutura do sistema hospitalar em todo o país;
- Distribuição de medicamentos contra a covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS).
"Precisamos analisar o cenário epidemiológico que, felizmente, cada dia ruma para um controle maior, com queda de casos sustentada na última quinzena, queda de óbitos. A segunda condição é a estrutura do nosso sistema hospitalar, sobretudo das UTIs. O terceiro ponto é ter determinados medicamentos que podem ter ação eficaz no combate à covid-19 na sua fase inicial para impedir que essa doença evolua para a forma grave", resumiu o ministro Queiroga. O último critério é o que precisa ser solucionado primordialmente para que a transição seja iniciada.
Fonte: G1