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Covid e gripe: quem pega as 2 juntas tem maior risco de complicações e morte

Por| Editado por Luciana Zaramela | 31 de Março de 2022 às 15h25

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gpointstudio/envato
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Cientistas britânicos investigaram se a coinfecção pelo vírus da covid-19 e pelo influenza (gripe) pode representar mais riscos para o paciente e, infelizmente, a resposta é sim. Quando a pessoa está com flurona — o termo popular para a dupla infecção — e precisa de internação, o risco de complicações e óbito é 2,35% maior que quando tem apenas uma das doenças.

Publicado na revista científica The Lancet, o estudo sobre o flurona foi liderado por pesquisadores da Universidade de Edimburgo e da Universidade de Liverpool, ambas no Reino Unido. Também foram analisados os riscos de coinfecção de outros vírus respiratórios com a covid, como o vírus sincicial respiratório (VSR) e o adenovírus.

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Alerta para o inverno: gripe e covid

Além de aumentar o risco de óbito, a dupla infecção da covid e da gripe também eleva em até quatro vezes a probabilidade do paciente precisar de um respirador. Na temporada da gripe (inverno), uma onda de flurona pode levar a lotação de leitos e causar problemas ao sistema de local saúde.

Diante dos riscos, os pesquisadores alertam que "à medida que as restrições de saúde pública são flexibilizadas, é provável que ocorram coinfecções por vírus respiratórios durante os invernos futuros", alertam os autores.

Dessa forma, a descoberta sobre os riscos da coinfecção é importante para as autoridades de saúde se organizarem para futuros desafios. Afinal, muitos países já decretaram o fim das máscaras e, com isso, a tendência é que esses quadros de gripe e covid-19 aumentem significativamente.

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Entenda o estudo sobre o risco de coinfecção

No estudo sobre coinfecção, os pesquisadores analisaram cerca de 212 mil britânicos internados entre os meses de fevereiro de 2020 e dezembro de 2021. Os participantes foram, inicialmente, diagnosticados com o vírus influenza, o vírus sincicial respiratório ou um adenovírus.

Deste total, 6,9 mil dos pacientes recrutados também fizeram um teste para a covid-19. Aqui, a ideia era identificar possíveis casos de coinfecção entre os vírus respiratórios. No final, 583 (8,4%) pacientes apresentavam a dupla infecção, sendo que 227 pacientes carregavam o vírus influenza, 220 tinham o VSR e 136 estavam com o adenovírus.

No geral, "coinfecções pelo SARS-CoV-2 com o vírus influenza e o adenovírus foram significativamente associadas a maiores chances de morte", apontam os autores. Para ser mais específico, o risco da gripe era 2,35% maior, enquanto o do adenovírus era de 1,5%. No caso do VSR, o aumento foi de apenas 0,6%.

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Diante desses dados, os pesquisadores defendem que "nossos resultados fornecem estímulo adicional para a vacinação contra os vírus SARS-CoV-2 e influenza". Além disso, a equipe recomenda que pacientes com covid também sejam testados para a gripe, principalmente entre os mais idosos.

Fonte: The Lancet