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Menções no Twitter ajudam pesquisadores a descobrirem a origem do coronavírus

Por| 28 de Janeiro de 2021 às 09h27

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 Macau Photo Agency/Unsplash
Macau Photo Agency/Unsplash
Tudo sobre Twitter

Os primeiros casos de infecção pelo coronavírus foram identificados em Wuhan, na China, ainda no fim de 2019, mas ainda não se sabe muitos detalhes sobre como ele surgiu nem exatamente onde. Recentemente, um grupo de especialistas viajou até o local para tentar descobrir como tudo começou, e uma pesquisa atual mostra que o Twitter também pode ajudar nessa missão.

O estudo desenvolvido por pesquisadores da escola de pós-graduação IMT School for Advanced Studies Lucca, na Itália, e publicado na revista científica Nature, conta que foram feitas buscas no Twitter por menções a casos de pneumonia, que costuma aparecer em casos mais graves da doença. Isso, porque em 2020, segundo informações obtidas pelos cientistas, os casos de gripe comum foram menores em comparação aos anos anteriores, o que comprova que a gripe não pode ser a explicação para os surtos de pneumonia.

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Os pesquisadores fizeram buscas na rede social em sete dos idiomas mais falados na Europa (alemão, inglês, italiano, espanhol, polonês, francês e holandês) entre dezembro de 2014 e primeiro de março de 2021. Foram removidos da base de dados tweets que contavam com a palavra "pneumonia" entre o dia 31 de dezembro de 2019, quando a doença foi anunciada, até o dia 21 de janeiro de 2020, quando foi confirmada a transmissão do vírus entre seres humanos.

Com isso, os autores do estudo conseguiram identificar um aumento de tweets que mencionavam o termo na maioria dos países europeus que foram analisados antes mesmo de janeiro de 2020, mostrando o aumento da preocupação e do interesse pelo assunto "pneumonia". A Itália, por exemplo, o primeiro país europeu a passar por uma grande onda de COVID-19, teve o primeiro caso detectado no dia 20 de fevereiro. Mas as menções ao termo "pneumonia" no Twitter tiveram um alto crescimento ainda nas primeiras semanas de 2020, sendo maiores em comparação ao mesmo período no ano anterior.

Os dados comprovam, então, que a doença já existia em algumas localidades antes mesmo de ser diagnosticada, e os mesmos padrões foram observados em países como Espanha, Polônia e Reino Unido. Os pesquisadores também analisaram as marcações de localização dos tweets estudados para identificar possíveis focos de COVID-19, mostrando que eles vieram de regiões que apresentaram os maiores surtos, como a cidade de Lombardia, na Itália; Madrid, na Espanha; e na Ilha de França.

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Além de "pneumonia", foi analisado o termo "tosse seca", outro sintoma provocado pelo coronavírus, observando os mesmos padrões de "pneumonia" com o aumento das menções dos termos no início de fevereiro. Ou seja, a COVID-19, de fato, estava circulando pela Europa mais cedo do que se imaginava. O mesmo estudo ainda deve ser realizado nos Estados Unidos e em outras regiões do mundo.

Fonte: BGR