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Média de casos e óbitos diários já é maior do que no início da pandemia no BR

Por| Editado por Luciana Zaramela | 08 de Março de 2021 às 16h30

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Daniel Roberts/Pixabay
Daniel Roberts/Pixabay

Diariamente, o Brasil tem superado os números já alcançados pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), desde a primeira notificação feita em fevereiro de 2020. Passado mais de um ano, o número de casos diários da COVID-19 é cerca de 30% maior do que nos piores momentos da primeira onda, durante o mês de julho. Além disso, o número de óbitos encara um aumento de 31,66% em relação ao recorde do ano passado.

No cenário brasileiro do coronavírus, a tendência ainda é de crescimento, conforme afirma o pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto, Domingos Alves, do portal COVID-19 Brasil. No dia 26 de julho, o Brasil tinha atingido, até então, a maior média móvel de mortes diárias — levantamento que calcula a média de óbitos dos últimos sete dias — com 1.096 falecimentos. No dia 7 de fevereiro deste ano, a média já estava calculada em 1.171 óbitos. No domingo (7), a média era de 1.496.

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Em paralelo, é possível visualizar o mesmo aumento com o número médio de casos da COVID-19 no país. Até então, o recorde da primeira onda foi registrado no dia 29 de julho, onde 46.393 pessoas contraíam o coronavírus, em média, por dia. No último sábado (6), o Brasil registrou 60.229 novos contágios, ou seja, um aumento de 13.836 ocorrências diárias em relação ao maior valor já apresentado na pandemia. Em porcentagem, a nova média é 29,82% maior do que na primeira onda.

"Estamos na praia vendo a terceira onda crescer e se aproximar e, para nos defender, temos apenas castelos de areia, isto é, as pífias e ineficazes medidas de distanciamento tomadas por governadores e prefeitos", ilustra o pesquisador Alves, para o jornal O Globo, a situação do coronavírus no país.

Terceira onda da COVID-19 no Brasil?

Por mais que os números da COVID-19 já estejam elevados, quando se olha de forma comparativa ao longo dos registros anteriores, a tendência é a formação de uma terceira onda da infecção até o final do mês de março, segundo o professor titular de Epidemiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Roberto Medronho. Isso porque o crescimento de casos de coronavírus, registrado desde o fim de fevereiro, tem se mostrado sustentado. Em outras palavras, não deve ser apenas uma flutuação aleatória.

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De acordo com o professor Medronho, o Brasil pode chegar a 15 milhões de casos do coronavírus entre o final de março e a primeira semana de abril. Nesse cenário, o país pode atingir uma média de 70 mil casos por dia até o final da próxima semana e a 100 mil casos diários até o dia oito de abril. "Essa é uma projeção conservadora, porque a subnotificação é muito grande. Minha estimativa é que o Brasil tenha, na verdade, mais de 24 milhões de infecções", afirma o professor.

Para Alves, se o Brasil mantiver o ritmo de 1,4 mil mortes por dia, entre os dias 25 e 27 de março, serão mais de 300 mil óbitos em decorrência da COVID-19. Em outras projeções, é possível que a infecção cause até dois mil óbitos diários entre os dias 20 e 22 de março. "Esses números são conservadores porque podemos começar a ver muita gente morrendo em casa, por falta de assistência. Isso já acontece em várias regiões brasileiras. E o mais trágico é que governantes e parte da população não ligam", explica Alves.

Números da COVID-19 no BR

A seguir, confira o panorama completo da distribuição de casos e óbitos da COVID-19 pelo Brasil, elaborado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass):

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Para acessar os gráficos e números levantados pelo Conass sobre o coronavírus no Brasil, clique aqui.

Fonte: O Globo