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Mais uma? Anvisa está avaliando vacina da CanSino para o Brasil

Por| Editado por Claudio Yuge | 08 de Março de 2021 às 20h40

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Jcomp/Freepik
Jcomp/Freepik

Oficialmente, o Brasil já autorizou três vacinas para a imunização contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2). Agora, cada vez mais farmacêuticas e empresas iniciam conversas para a aprovação de outras fórmulas contra a COVID-19, como a empresa chinesa CanSino Biologicals —  responsável pelo desenvolvimento da vacina Convidecia — que teve uma reunião com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta segunda-feira (8).

Durante a reunião com a responsável pela formulação da Convidecia, a Anvisa apresentou o quadro completo de normas e requisitos técnicas para pedidos de registro ou de uso emergencial de vacinas contra o coronavírus no Brasil. Além disso, os técnicos da agência reguladora esclareceram que, para avaliar a segurança e a eficácia de um imunizante, é necessário que a Anvisa tenha acesso a todos os dados brutos e disponíveis sobre o produto no momento da análise.   

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Após o encontro, a CanSino manifestou interesse em trazer a vacina Convidecia para o Brasil, mas a forma como isso ocorrerá —  através de uma licença de uso emergencial ou solicitação de registro definitivo —  ainda deverá ser definida pelo laboratório chinês. Em ambas as situações, a avaliação da Anvisa poderá ser feita com dados de estudos clínicos feitos no país ou com dados trazidos de estudo em outros países. 

Como funciona a vacina da CanSino?

O imunizante é baseado em um adenovírus humano, conhecido como Ad5, e foi desenvolvido em parceria com o Instituto de Biologia da Academia de Ciências Médicas Militares da China. Em sua fórmula, este adenovírus não replicante (que não consegue se reproduzir) é também editado geneticamente e recebe parte do material genético do coronavírus.

Com capacidade de imunizar contra a COVID-19 a partir de uma única dose, a Convidecia teve os resultados do estudo clínico de Fase 2 publicados em julho do ano passado. Na pesquisa, foi demonstrado que o imunizante produziu uma significativa resposta imunológica contra a infecção. Ainda com os estudos de Fase 3 em andamento, o seu uso foi autorizado — de forma emergencial e para grupos específicos (militares) — no dia 25 de junho, na China. A fase final de pesquisa ocorreu em outros países também, como o Paquistão, a Rússia, o México e o Chile.

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No dia 25 de fevereiro deste ano, a China anunciou, de fato, a aprovação de uso da vacina CanSino para uso geral da sua população. Durante os estudos de Fase 3 ainda não publicados, o imunizante apresentou uma taxa de eficácia estimada em 65,2% contra casos sintomáticos da COVID-19.

Fonte: Anvisa e NYT