Israel testa reforço com vacina da Pfizer em pessoas imunossuprimidas
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |
Em meio à vacinação contra a COVID-19, o comum é que os imunizantes exijam duas doses. No entanto, Israel tem apostado numa terceira dose, também chamada de reforço, para as pessoas com sistema imunológico comprometido.
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A terceira dose é voltada a pessoas que fizeram transplantes de coração, pulmão e rim ou que têm câncer, por exemplo. Segundo o próprio Ministério da Saúde israelense, há evidências crescentes de que os pacientes com imunossupressão não desenvolvem uma resposta adequada de anticorpos após duas doses das vacinas.
A decisão de dar uma terceira dose foi estimulada pelo aumento da contagem diária de casos. Com mais de 85% de sua população adulta totalmente imunizada, Israel removeu todas as restrições. Mas o surgimento da variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia em abril, levou a um aumento na transmissão, com várias centenas de novas infecções registradas diariamente.
O Centro Médico Sheba, em Tel Aviv, anunciou que dará uma terceira injeção a vários pacientes submetidos a transplante de coração.
A vacina da Pfizer é composta por uma tecnologia inovadora, baseada na inclusão de mRNA (RNA mensageiro), que codifica a sequência que gera a proteína S (spike), usada pelo coronavírus para se ligar às células humanas. Essa proteína faz parte do SARS-CoV-2 e é responsável por induzir nossa resposta imune. A tradução do mRNA é feita com o auxílio das nossas próprias células, o que amplifica a geração dessa proteína.
Fonte: Medical Xpress