Islândia aposta em 4 dias de trabalho por semana — adivinha se deu certo?
Por Nathan Vieira | Editado por Luciana Zaramela | 07 de Julho de 2021 às 10h50
Tendo como prioridade manter em dia a saúde mental da população, a Islândia decidiu investir em jornadas de trabalho com apenas quatro dias úteis na semana. A mudança, que foi analisada de 2015 a 2019, revelou um impacto positivo na produtividade.
- Testes de COVID-19 na Islândia mostram que metade dos infectados é assintomática
- Singapura dá uma aula de como manter a saúde mental da população na pandemia
- Japão incentiva jornadas de trabalho de quatro dias para preservar saúde mental
Os testes foram conduzidos pela Câmara Municipal de Reykjavík e pelo governo nacional, e incluíram mais de 2.500 trabalhadores, o que equivale a cerca de 1% da população ativa da Islândia. As empresas participantes passaram de uma jornada de 40 horas semanais para uma jornada de 35 horas. As análises foram conduzidas por pesquisadores do UK think tank Autonomy e da Association for Sustainable Democracy (Alda).
Os trabalhadores relataram que se sentiram menos estressados e menos esgotados, com direito a uma saúde melhor, tal como mais equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Os participantes ressaltaram, ainda, que tiveram mais tempo para ficar com suas famílias, fazer hobbies e realizar tarefas domésticas.
"O estudo aponta que a semana de trabalho mais curta no setor público foi, em todos os aspectos, um sucesso esmagador. Isso mostra que o setor público está maduro para ser um pioneiro em semanas de trabalho mais curtas, e lições podem ser aprendidas para outros governos", anunciou Will Stronge, diretor de pesquisa da Autonomy.
Os testes levaram os sindicatos a renegociar os padrões de trabalho, e agora 86% da força de trabalho da Islândia mudou para uma jornada com menos horas pelo mesmo pagamento. O estudo pode ser visto aqui.
Fonte: BBC