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Implante cerebral faz pessoas com paralisia controlarem dispositivos com a mente

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Implante cerebral faz pessoas com paralisia controlarem dispositivos com a mente
Implante cerebral faz pessoas com paralisia controlarem dispositivos com a mente

Um avanço incrível da biotecnologia foi alcançado na Austrália: o primeiro implante bem-sucedido de interface no cérebro humano para pacientes com paralisia. Instalado sem cirurgia cerebral invasiva, o dispositivo "instalado" no cérebro de pacientes monitora e envia dados para um sistema operacional, tudo sem fios. O novo sistema foi realizado pela empresa de tecnologia Synchron — e, em outras palavras, possibilita o controle de dispositivos pelo simples poder do pensamento. 

A tecnologia permitirá que pacientes com paralisia cerebral grave recuperarem a capacidade de fala. O dispositivo, batizado de Stentrode, também trará a essas pessoas o controle de aparelhos externos que restauram a função dos membros, como exoesqueletos vestíveis e próteses robóticas. 

Segundo um relatório do McKinsey Global Institute divulgado em 2013, existem 50 milhões de pessoas com mobilidade reduzida ou amputações vivendo em economias avançadas, sendo todas elas potenciais beneficiadas pela invenção. 

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Como funciona?

Semelhante ao processo para a implantação de marcapassos cardíacos, o procedimento é minimamente invasivo e o dispositivo de controle é instalado no cérebro através dos vasos sanguíneos. Dado o tamanho reduzido e sua flexibilidade, o sistema Stentrode percorre os vasos, inclusive os curvos, e por isso não requer cirurgia invasiva no cérebro, reduzindo o risco de rejeição biológica.

"Usando veias como uma via natural para o cérebro, conseguimos chegar ao estágio clínico significativamente mais cedo do que outras abordagens mais invasivas", comenta Thomas Oxley, CEO da Synchron, em relação aos outros dispositivos que exigem a retirada de uma parte da calota craniana para instalação do implante e, posteriormente, o estabelecimento da comunicação efetiva com um computador.

Instalado, o dispositivo registra e transmite a atividade cerebral, sem fio, e uma plataforma de software chamada BrainOS converte esses dados em uma linguagem digital padronizada que é usada por aplicativos para comunicação e controle de dispositivos externos, como um braço robótico. O implante ainda possui o BrainPort, um dispositivo sem fio implantado no peito do paciente que ajuda na transmissão de dados neurais de alta resolução. 

Aplicações futuras

“Essa indústria vai desbloquear o poder computacional do cérebro de maneiras difíceis de imaginar agora. Este é apenas o começo”, afirma Oxley. Muito provavelmente, o executivo está pensando no dia em que será possível a aplicação dessa tecnologia em massa, quando pessoas comuns poderão controlar suas casas e suas rotinas pelo simples poder do pensamento. 

O desenvolvimento dessa plataforma tecnológica foi financiado, em parte, por doações da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA) e do Departamento de Defesa (DoD), ambas agências do governo dos Estados Unidos.

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Fonte: Synchronmed