Hugh Jackman: estes 5 sinais são um alerta para o câncer de pele
Por Fidel Forato | Editado por Luciana Zaramela | 06 de Abril de 2023 às 16h36
Reconhecido mundialmente por sua interpretação do personagem Wolverine na franquia X-Men, o ator Hugh Jackman, de 54 anos, não tem os mesmos poderes de regeneração que o mutante nascido nas HQs. Fruto da sua vulnerabilidade humana, o australiano já passou por alguns tratamentos de câncer de pele e, nesta quinta-feira (6), recebeu o resultado negativo da última biópsia que fez em uma "mancha" no nariz. Resumindo, nenhum novo tumor apareceu, mas isso não descarta a importância de estar atento aos sinais do corpo.
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O resultado negativo da biópsia para o câncer de pele foi compartilhado por Hugh Jackman em um story no seu Instagram. Na postagem, o ator agradeceu todo o apoio que recebeu nos últimos dias, quando compartilhou as novas suspeitas. Jackman também pediu aos seus seguidores: “Por favor, lembrem-se de usar protetor solar com alto nível de proteção (FPS). Não importa a estação”.
Anteriormente, o astro já tratou pelo menos seis casos iniciais de câncer de pele do tipo carcinoma basocelular entre os anos de 2013 e 2017. Em busca de conscientizar sobre a questão, Jackman compartilhou as novas suspeitas — hoje, “anuladas” — na última terça-feira (4). Nas imagens, ele aparecia com um curativo no nariz, de onde foram removidas as manchas (ou pintas) enviadas para análise.
Tipos de câncer de pele
“O câncer da pele é provocado pelo crescimento anormal das células que compõem a pele”, pontua o Instituto Nacional de Câncer (Inca). No entanto, existem diferentes tipos desse câncer, sendo três deles os mais comuns:
- Carcinoma basocelular (não melanoma), como o do Hugh Jackman: este tipo de tumor acomete as células basais, que ficam na camada superior da pele, e são mais comuns no rosto, couro cabeludo, pescoço, costas e ombros;
- Carcinoma espinocelular (não melanoma): tende a ocorrer nas células escamosas, também localizadas na camada superior da pele. De forma geral, surge em áreas com sinais de dano solar, como rosto, orelhas, pescoço e couro cabeludo;
- Melanoma: este tumor se desenvolve nos melanócitos, ou seja, nas células produtoras de melanina. Tende a aparecer em áreas com maior exposição solar, mas pode surgir em qualquer ponto do corpo.
Em números absolutos, o Brasil registra mais cânceres de pele não melanoma, sendo que estes “apresentam altos percentuais de cura se diagnosticados e tratados precocemente”, explica o Inca. Por outro lado, o melanoma é conhecido por ser mais agressivo e potencialmente letal, quando não é tratado adequadamente.
Independente do tipo, o Inca afirma que “a exposição excessiva e sem proteção ao sol é a principal causa de câncer da pele”. De forma geral, a doença pode se manifestar a partir de três formas mais comuns:
- Pinta ou mancha, geralmente acastanhada ou enegrecida;
- Pápula ou nódulo avermelhado, cor da pele e perolado (brilhoso);
- Ferida que não cicatriza.
5 sinais do câncer de pele
Na maioria das vezes, o câncer de pele surge a partir de manchas de pele. Tendo isso em vista e o fato de não existirem exames populares de triagem para o quadro, a melhor forma de prevenção é o autoconhecimento do indivíduo sobre o seu corpo.
“Nós [os médicos] vamos avaliar se existe ou não um problema, mas o paciente nos auxilia muito ao relatar alguma alteração. O autoexame é fundamental”, explica Fabiano Siviero Pacheco, dermatologista e membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Dermatologia do Rio Grande do Sul (SBD-RS), em nota.
Entre as possíveis estratégias de autoexame, está a Regra ABCDE, onde cada letra equivale a um dos cinco fatores de risco, como veremos a seguir:
- A de assimetria: normalmente, as pintas e manchas relacionadas ao câncer de pele são assimétricas;
- B de bordas: as pintas saudáveis têm bordas lisas. Dessa forma, bordas recortadas são um indicativo de câncer;
- C de cores: os tons mais comuns das pintas variam entre o marrom claro e o escuro. Quando têm pontos ou são de outras cores (vermelho, branco, preto, cinza ou azul), o paciente deve considerar como um sinal de alerta;
- D de diâmetro: as suspeitas de câncer de pele são mais comuns em pintas com mais de 0,6 cm;
- E de evolução: o paciente deve entender se as suas pintas ou manchas evoluem ao longo dos meses, crescendo ou ainda mudando de cor.
Vale pontuar que, em caso de qualquer anormalidade, o indicado é que a pessoa busque atendimento médico especializado. Nesses casos, o dermatologista irá analisar a mancha e poderá solicitar uma biópsia, como o médico de Hugh Jackman fez. O diagnóstico precoce é fundamental e, segundo o Inca, aumenta em 90% as chances de cura do tumor.
Fonte: Independent, Inca e Sbdrs