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Homem é internado após sofrer "overdose" de vitamina D

Por| Editado por Luciana Zaramela | 06 de Julho de 2022 às 14h40

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 Beverly Buckley / Pixabay
Beverly Buckley / Pixabay

Um homem britânico foi internado com uma "overdose" de vitamina D no Reino Unido: ele havia começado a consumir suplementos a partir da recomendação de um terapeuta nutricional, mas começou a desenvolver sintomas, que persistiram por três meses, mesmo após cessar o uso das vitaminas. A condição é conhecida por hipervitaminose D.

O paciente, de meia-idade, foi levado ao hospital com queixas de vômitos frequentes, náuseas, dores abdominais, zumbido nos ouvidos, boca seca e aumento da sede, diarreia, câimbras nas pernas e perda excessiva de peso (12,7 kg). Um estudo sobre o caso foi publicado por especialistas na revista científica The British Medical Journal Case Reports.

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Sintomas e cuidados

Segundo os autores do estudo em questão, mais de 20 suplementos estavam sendo consumidos pelo paciente, todos de venda livre. As quantidades eram:

  • Vitamina D, 50.000 mg (a necessidade diária é de 600 mg, ou 400UI);
  • Vitamina K2 100 mg (necessidade diária de 100 a 300g);
  • Vitamina C, vitamina B9 (folato) 1.000 mg (necessidade diária de 400g);
  • Vitamina B2 (riboflavina);
  • Vitamina B6;
  • Ômega-3 2.000 mg duas vezes ao dia (necessidade diária de 200 a 500 mg);

Além disso, o homem também consumia outros suplementos vitamínicos, como minerais, nutrientes e probióticos. As complicações, mesmo após cessar o consumo do coquetel, persistiram: exames revelaram concentrações muito grandes de cálcio e taxas ligeiramente altas de magnésio. A vitamina D estava 7 vezes acima do nível necessário ao corpo, e os rins não estavam funcionando corretamente.

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Ficando no hospital por 8 dias, paciente foi recebendo fluidos intravenosos para depurar o organismo. Dois meses após ter recebido alta, os níveis de cálcio retornaram ao normal, mas os de vitamina D seguiam altos. Segundo os autores do estudo, a tendência à ocorrência de hipervitaminose D tem aumentado, com mais prevalência em mulheres, crianças e pacientes de cirurgia.

Mais especificamente, o que ocorre é um aumento nos níveis séricos de vitamina D3. Normalmente, conseguimos obter toda a vitamina requerida ao corpo pela dieta, consumindo cogumelos selvagens e peixes oleosos, por exemplo, ou nos expondo ao sol. Suplementos, apesar de também serem uma fonte, precisam ser consumidos moderadamente.

Sintomas de hipervitaminose D

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Os sintomas do excesso de vitamina D no organismo são inúmeros, e, em sua maioria, são causados pelo excesso de cálcio no sangue. Podem ser eles:

  • Sonolência;
  • Confusão;
  • Apatia;
  • Psicose;
  • Depressão;
  • Estupor;
  • Coma;
  • Anorexia; D
  • Dores abdominais;
  • Vômitos;
  • Constipação;
  • Úlceras pépticas;
  • Pancreatite;
  • Pressão alta;
  • Ritmo cardíaco anormal;
  • Anomalias renais, como insuficiência aguda.

Os pesquisadores ainda alertam para outros sintomas associados que também já foram relatados por pacientes com a condição, como ceratopatia (uma doença inflamatória ocular), rigidez articular (artralgia) e perda auditiva ou surdez. A vitamina D é crucial para a saúde, sendo que sua escassez ou ausência pode causar raquitismo ou ajudar a desenvolver osteoporose, mas também não deve existir em excesso.

Entre outros estudos, já houve a pesquisa acerca da possibilidade da vitamina D ajudar no combate à covid-19: os resultados, no entanto, não encontraram evidências a favor da substância nesse caso.

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Fonte: BMJ Case Reports