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Hipertensão danifica regiões cerebrais associadas a demência

Por| Editado por Luciana Zaramela | 28 de Março de 2023 às 13h25

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drazenphoto/envato
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Na última segunda-feira (27), um estudo publicado no periódico European Heart Journal apontou que a hipertensão causa alterações de longo prazo no cérebro que podem levar ao declínio cognitivo — e, por sua vez, evoluir para demência. O artigo lança luz sobre danos em nove regiões cerebrais diferentes, envolvidas em diversas funções, incluindo aprendizado, decisões, planejamento de tarefas e controle emocional.

Anteriormente, estudos já tinham apontado que o acúmulo de sódio no cérebro pode ser uma das causas da hipertensão. Na ocasião, os pesquisadores teorizaram que um possível mecanismo que desencadeia a doença envolve a ativação não somente de neurônios, mas também de células presentes no sistema nervoso central.

Dessa vez, os cientistas envolvidos testaram como a pressão alta afeta a função cognitiva ao longo do tempo, e identificaram partes específicas do cérebro afetadas por aumentos na pressão sanguínea, incluindo áreas chamadas de putâmen e regiões específicas de substância branca (localizada nas partes profundas do órgão, sendo que a aparência branca é resultado da substância gordurosa esbranquiçada que envolve os axônios, chamada bainha de mielina).

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“Pensamos que essas áreas poderiam ser onde a pressão alta afeta a função cognitiva, como perda de memória, habilidades de pensamento e demência. Descobrimos que as partes do cérebro que havíamos identificado estavam realmente afetadas", apontam os pesquisadores.

Segundo o grupo, a hipertensão arterial causou alterações nessas conexões cerebrais internas, além de diminuir o volume do tecido cerebral e a área de superfície do córtex. Algumas mudanças também fizeram presentes na atividade cerebral.

A ideia, agora, é se concentrar em estruturas cerebrais específicas, o que pode abrir caminho para abordagens de tratamento personalizadas para os pacientes de maior risco.

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Hipertensão

Segundo o Ministério da Saúde, a hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. Ela acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9).

A hipertensão faz com que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal para fazer com que o sangue seja distribuído corretamente no corpo, e é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de acidente vascular cerebral, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca.

Demência

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Enquanto isso, a demência é o declínio geral das habilidades mentais, como memória, linguagem e raciocínio que persiste por toda a vida e pode interferir com as atividades normais da pessoa e seus relacionamentos. Pessoas com demência podem se tornar confusas, incapaz de lembrar as coisas ou perder habilidades que antes tinham, incluindo as tarefas do dia-a-dia.

Os principais sinais e sintomas de demência são a perda gradual e progressiva da memória, confusão mental, perda da capacidade de resolver problemas, comportamento agitado ou alucinações, perda do reconhecimento de locais familiares e perda de interesse e incapacidade de realizar as atividades habituais.

Fonte: European Heart Journal via IFL Science; Ministério da Saúde