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Hepatite misteriosa em crianças não tem relação com vacina da covid, diz OMS
Nas últimas semanas, centenas de casos misteriosos de hepatite em crianças foram relatados em diferentes países, como Reino Unido, Estados Unidos e Argentina. Inclusive, o Brasil notificou os primeiros suspeitos. A situação ainda está em investigação, mas a Organização Mundial da Saúde (OMS) descarta qualquer relação com a vacina contra a covid-19. Isso porque alguns desses indivíduos são tão novos que nem o imunizante poderiam ter recebido.
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Por enquanto, a principal hipótese para explicar os casos de origem desconhecida de hepatite aguda são infecções por adenovírus. "Embora o adenovírus seja uma hipótese possível, as investigações estão em andamento para o agente causador", explica a OMS.
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Casos misteriosos de hepatite em crianças
O Reino Unido foi o primeiro a identificar os casos misteriosos de hepatite em crianças. Até a última terça-feira (3), a Agência Nacional de Saúde do Reino Unido (Ukhsa) confirmou 163 casos, sendo que a maioria era de menores de cinco anos. Nesta idade, não existem vacinas contra a covid-19 aprovadas para uso no país.
Segundo a agência de saúde, 91 das crianças estavam com alguma infecção causada por um adenovírus detectado (72%) e 11 tiveram que passar por um transplante de fígado. Além disso, o coronavírus SARS-CoV-2 foi detectado em 24 dos indivíduos do grupo.
De forma geral, a Ukhsa explica que "a investigação continua a sugerir uma associação com adenovírus. O adenovírus é o vírus mais frequentemente detectado nas amostras testadas".
Casos têm relação com vacina da covid?
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No momento, tanto a OMS quanto a Ukhsa descartaram qualquer relação da doença com a imunização contra covid-19. “Com base nas informações atuais, a maioria das crianças relatadas com a hepatite aguda não recebeu a vacina contra a covid-19, descartando uma ligação entre os casos e a vacinação neste momento. Em alguns relatos, foi detectada a presença do vírus SARS-CoV-2, e esta é uma das linhas de investigação junto a outras, como o adenovírus”, aponta a OMS.
"Não há evidências de qualquer ligação com a vacina contra o coronavírus (covid-19). A maioria dos casos tem menos de 5 anos e são jovens demais para receberem a vacina", completa a agência britânica.
Fonte: OMS, Governo do Reino Unido e Instituto Butantan
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