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Hepatite misteriosa em crianças não tem relação com vacina da covid, diz OMS

Por| Editado por Luciana Zaramela | 10 de Maio de 2022 às 09h20

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seventyfourimages/envato
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Nas últimas semanas, centenas de casos misteriosos de hepatite em crianças foram relatados em diferentes países, como Reino Unido, Estados Unidos e Argentina. Inclusive, o Brasil notificou os primeiros suspeitos. A situação ainda está em investigação, mas a Organização Mundial da Saúde (OMS) descarta qualquer relação com a vacina contra a covid-19. Isso porque alguns desses indivíduos são tão novos que nem o imunizante poderiam ter recebido.

Por enquanto, a principal hipótese para explicar os casos de origem desconhecida de hepatite aguda são infecções por adenovírus. "Embora o adenovírus seja uma hipótese possível, as investigações estão em andamento para o agente causador", explica a OMS.

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Casos misteriosos de hepatite em crianças

O Reino Unido foi o primeiro a identificar os casos misteriosos de hepatite em crianças. Até a última terça-feira (3), a Agência Nacional de Saúde do Reino Unido (Ukhsa) confirmou 163 casos, sendo que a maioria era de menores de cinco anos. Nesta idade, não existem vacinas contra a covid-19 aprovadas para uso no país.

Segundo a agência de saúde, 91 das crianças estavam com alguma infecção causada por um adenovírus detectado (72%) e 11 tiveram que passar por um transplante de fígado. Além disso, o coronavírus SARS-CoV-2 foi detectado em 24 dos indivíduos do grupo.

De forma geral, a Ukhsa explica que "a investigação continua a sugerir uma associação com adenovírus. O adenovírus é o vírus mais frequentemente detectado nas amostras testadas".

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Casos têm relação com vacina da covid?

No momento, tanto a OMS quanto a Ukhsa descartaram qualquer relação da doença com a imunização contra covid-19. “Com base nas informações atuais, a maioria das crianças relatadas com a hepatite aguda não recebeu a vacina contra a covid-19, descartando uma ligação entre os casos e a vacinação neste momento. Em alguns relatos, foi detectada a presença do vírus SARS-CoV-2, e esta é uma das linhas de investigação junto a outras, como o adenovírus”, aponta a OMS.

"Não há evidências de qualquer ligação com a vacina contra o coronavírus (covid-19). A maioria dos casos tem menos de 5 anos e são jovens demais para receberem a vacina", completa a agência britânica.

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Fonte: OMS, Governo do Reino Unido e Instituto Butantan