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Gêmeos siameses passam bem após separação de crânios

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Twenty20photos/Envato Elements
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No início do mês, o mundo conheceu o caso de gêmeos siameses brasileiros que foram separados por uma cirurgia complexa de realidade virtual, com envolvimento de 100 médicos. Os neurocirurgiões responsáveis pela separação dos crânios falaram pela primeira vez sobre o estado das crianças pós-cirurgia.

Os gêmeos Arthur e Bernardo Lima, de 3 anos, compartilhavam parte do cérebro e uma veia principal que leva o sangue de volta ao coração. Segundo o neurocirurgião Gabriel Mufarrej, que coordenou a cirurgia, ambos estão se recuperando.

“Eles estão muito bem. A gente precisa de um prazo mínimo de seis meses para fazer um prognóstico sobre o ponto de vista clínico, mas a cada dia nós podemos observar que eles vêm melhorando, melhorando cada vez mais", afirma o especialista.

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“Exatamente às 6 horas da manhã em ponto nós conseguimos separá-los, e cada um foi conduzido para uma parte da sala. As macas foram separadas, e foi iniciada a fase de reconstrução craniana com a equipe”, completa o neurocirurgião.

Segundo os pais dos gêmeos, o momento em que puderam ver os dois após a cirurgia foi "inacreditável". Depois da operação, Arthur e Bernardo puderam se deitar frente a frente pela primeira vez.

O Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer já cuidava dos gêmeos há 2 anos e meio, desde que os pais os trouxeram de seu estado natal, Roraima, para o Rio, em busca de ajuda. Eles são os gêmeos craniópagos (que têm o crânio fundido) mais velhos a serem separados no mundo.

Fonte: Reuters