Gamers que começam cedo podem desenvolver vício em jogos precocemente
Por Júlia Putini |

Jogar videogames ainda na infância aumenta o risco de desenvolver precocemente vício em jogos, aponta um novo estudo, publicado neste mês de dezembro na revista científica Frontiers in Psychiatry
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A pesquisa foi desenvolvida na Universidade de Gotemburgo, Suécia e tem como principal objetivo promover o conhecimento sobre como o transtorno de jogo se desenvolve durante os diferentes estágios da vida.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram o comportamento de 69 voluntários com idades entre 15 e 56 anos, todos eles com algum nível de vício em jogos. Depois, eles foram divididos em dois grupos, por idade: um com jovens de até 25 anos e outro com pessoas de 26 anos ou mais.
A partir disso foi possível constatar que o grupo mais jovem começou a jogar videogames com seis a sete anos e desenvolveu problemas quando tinha em média 14 anos. Já os participantes do outro grupo não começaram a jogar até por volta dos dez anos e, por sua vez, só começaram a apresentar problemas aos 21 anos, em média.
As descobertas levantam questões importantes tanto para a sociedade quanto para os pais, demonstrando que talvez seja melhor não presentear os filhos com videogames em tenra idade.
" [...] O fato de que aqueles que começaram a jogar com pouca idade desenvolveram problemas mais rapidamente também pode ser uma consequência do fato de que hoje os jovens têm acesso a outros jogos que levam à dependência mais rapidamente. Nossos resultados ressaltam a necessidade de medidas preventivas", afirmou em comunicado à imprensa a principal autora do estudo, Annika Hofstedt.
Vício em jogos
O vício em jogos é caracterizado pela vontade incontrolável de jogar jogos de computador, console ou celular. Para obter o diagnóstico, os problemas devem existir há algum tempo e o jogo deve ter afetados os relacionamentos e outros aspectos da vida.
O transtorno é classificado como uma doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 2018. O tratamento mais reconhecido por meio de pesquisas é a terapia cognitivo-comportamental (TCC).
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Fonte: University of Gothenburg