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Fiocruz vai produzir remédio contra covid-19

Por| Editado por Luciana Zaramela | 06 de Maio de 2022 às 10h05

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baspentrubas/Envato
baspentrubas/Envato

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) assinou, nesta semana, um acordo de cooperação tecnológica com a farmacêutica norte-americana MSD — também conhecida como Merck. Juntas, irão produzir o antiviral molnupiravir contra a covid-19, que deve ser distribuído gratuitamente Sistema Único de Saúde (SUS).

Inicialmente, a Fiocruz será responsável pela armazenagem, administração, rotulagem, embalagem, testagem, liberação, importação e fornecimento do medicamento molnupiravir para o SUS. O braço responsável pelas atividades será o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz).

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Neste contexto, o molnupiravir será importado pronto para o Brasil, mas todos os outros processos serão geridos pela Fiocruz. No futuro, é possível que haja a transferência de tecnologia, ou seja, o antiviral poderá ser 100% feito no país.

Vala lembrar que, na quarta-feira (4), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso emergencial do medicamento molnupiravir no Brasil. No mundo, outros 17 países já aprovaram a medicação.

Quando usar o remédio contra covid-19?

Podem ser beneficiados pelo tratamento os pacientes com casos leves ou moderados da covid-19, mas que tenham risco de desenvolver a forma grave da doença, como aqueles que apresentam algum nível de imunossupressão ou comorbidades. "O medicamento [de uso oral] deve ser utilizado durante os cinco primeiros dias após o aparecimento dos sintomas, de modo a evitar o desenvolvimento de uma versão resistente do vírus", orienta a Anvisa.

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"Além do avanço da vacinação da covid-19 no país, podermos agora contar adicionalmente com um medicamento que contribui para a redução o número de pacientes com covid-19 leve a moderado que progridem para doença grave, o que certamente terá um forte impacto positivo no SUS e no enfrentamento à pandemia”, afirmou a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, em comunicado.

Produção da Fiocruz pode ser 100% nacional?

Tanto a Fiocruz quanto a MSD estudam a possibilidades da transferência de tecnologia, o que garantirá a produção 100% nacional do molnupiravir. No entanto, o processo não deve ser iniciado antes que se completem os dois anos do atual acordo. Nesse período, será possível avaliar as condições técnicas e a demanda do próprio SUS pelo medicamento.

Além da parceria da produção, o atual acordo também prevê novos ensaios clínicos com a pílula. A ideia é verificar se o medicamento contra a covid-19 pode funcionar na profilaxia (evitar a infecção). A fórmula também terá sua eficácia estudada contra outras doenças endêmicas no Brasil, como dengue e chikungunya. O prazo de início da pesquisa não foi divulgado.

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Fonte: Agência Fiocruz e Anvisa