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1/3 dos filhos de gestantes infectadas com zika podem ter problemas congênitos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 01 de Dezembro de 2022 às 18h20

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 Mohamed Nuzrath/Pixabay
Mohamed Nuzrath/Pixabay

Em estudo publicado na última segunda-feira (28) na revista The Lancet Regional Health - Americas, pesquisadores levantaram alerta sobre o risco de problemas congênitos em bebês cujas mães foram infectadas por zika na gestação. Aproximadamente um terço desse público apresenta tais consequências, o que desperta a preocupação dos especialistas.

A pesquisa se desdobrou a partir de uma análise combinada de dados de 13 estudos que investigam os resultados pediátricos em gestações afetadas pelo vírus zika durante a epidemia de 2015 a 2017 no Brasil, e reúne informações de crianças nascidas de 1.548 gestantes que tiveram o diagnóstico confirmado de infecção pelo vírus zika durante a gravidez.

Conforme aponta o relatório, uma a cada 25 crianças nascidas de mães infectadas pelo vírus zika durante a gravidez apresentou microcefalia, condição neurológica em que a cabeça do bebê é menor do que o esperado para sua idade.

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Os pesquisadores ainda formaram um grupo interdisciplinar, que acompanhou mais de 800 mulheres notificadas como casos suspeitos de vírus zika na gestação. 320 casos foram confirmados, e 760 dos casos notificados foram acompanhados até o final da gestação. Atualmente, essa equipe de cientistas segue fazendo a busca ativa das crianças expostas para analisar sua situação no quinto ano de vida.

A equipe pretende realizar estudos adicionais com tempo de acompanhamento mais longo, para a avaliação do risco de hospitalização e morte para crianças com microcefalia à medida que envelhecem e averiguação dos riscos de outras complicações, como aquelas ligadas ao desenvolvimento comportamental ou neuropsicomotor.

Zika

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A doença zika é transmitida através da picada do mosquito Aedes aegypti. Os sintomas mais comuns são febre (que costuma ter duração de três a sete dias, geralmente sem complicações graves) e olhos vermelhos, além de mal-estar.

O tratamento da zika é feito de acordo com os sintomas, com o uso de analgésicos, antitérmicos e outros medicamentos para controlar a febre e a dor. No caso de sequelas mais graves, como doenças neurológicas, deve haver acompanhamento médico para avaliar o melhor tratamento a ser aplicado. Essas sequelas são tratadas em centros multi-profissionais especializados.

Fonte:  The Lancet Regional Health - Americas via Fiocruz