Ficar muito tempo sentado prejudica até pessoas jovens e ativas, aponta estudo
Por Júlia Putini • Editado por Luciana Zaramela |

Passar muito tempo sentado prejudica a saúde até de adultos jovens e ativos, aumentando o risco de doenças cardíacas e obesidade. É o que revela um novo estudo, publicado em setembro, feito por cientistas da UC Riverside e da University of Colorado, nos Estados Unidos.
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Os pesquisadores analisaram dados de saúde de mais de 1.000 homens e mulheres, com idade média de 33 anos. Assim, concluíram que, entre aqueles que passavam ao menos oito horas diárias sentados, as taxas de colesterol e o Índice de Massa Corporal (IMC) eram mais altos, mesmo em indivíduos fisicamente ativos.
Por outro lado, os resultados da pesquisa demonstraram que reduzir o tempo sentado melhora significativamente a saúde. No entanto, isso não é viável para todos. Nesses casos, para mitigar os riscos, os cientistas sugerem que é crucial dobrar a intensidade e a duração de atividades físicas.
"Embora dieta pouco saudável e tabagismo desempenhem um papel importante no aumento do IMC, o salto de ponto inteiro que vimos nos dados foi devido apenas a ficar sentado sozinho", afirmou o principal autor da pesquisa, Ryan Bruellman, em comunicado à imprensa.
Estudo com gêmeos
Para isolar escolhas individuais e explorar o papel da genética e do ambiente, os pesquisadores avaliaram pares de gêmeos idênticos.
Foi possível, então, verificar que aqueles que reduziram o tempo sentado ou se envolveram em atividade física intensa apresentaram consistentemente índices de colesterol e IMC melhores do que seus irmãos que ficaram mais tempo sentados ou se exercitaram menos.
"Todos os adultos, mesmo os mais jovens, precisam se movimentar mais e se exercitar mais intensamente para neutralizar o impacto de ficar sentado", destacou Bruellman.
Um dos objetivos do estudo, escrevem os autores, é que essas descobertas sejam usadas como base para atualizações das diretrizes nacionais de atividade física, destacando que não é apenas a duração, mas também a intensidade que faz a diferença, particularmente para aqueles com rotinas predominantemente sedentárias.
“A juventude é um momento crítico para estabelecer hábitos saudáveis. Se você não priorizar o movimento agora, só fica mais difícil à medida que a vida se enche de mais responsabilidades”, finalizou Bruellman.
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Fonte: PLOS ONE