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Excesso de memórias armazenadas tende a atrapalhar o cérebro dos idosos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 18 de Fevereiro de 2022 às 08h30

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twenty20photos/envato
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Segundo um estudo publicado na revista Trends in Cognitive Science, o cérebro das pessoas mais velhas está sujeito a informações excessivas — conhecimentos e memórias — que atrapalham na hora de lembrar algo específico. Segundo o artigo, idosos ​​têm mais conhecimento do que os mais jovens, mas tendem a formar associações com memórias mais antigas, muitas vezes irrelevantes.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores da Universidade de Columbia, Universidade de Harvard (EUA) e Universidade de Toronto (Canadá) analisaram vários estudos comportamentais e de neuroimagem concentrados nas dificuldades dos idosos em buscar uma memória específica.

No entanto, o artigo não apenas aponta o potencial prejudicial desse acúmulo de memórias, como também destaca algumas situações em que essas informações excessivas podem ser úteis. “As evidências sugerem que os idosos mostram uma criatividade preservada e, às vezes, aprimorada em função de memórias enriquecidas”, escrevem os pesquisadores.

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“Quando os idosos tentam lembrar de um detalhe específico, têm mais dificuldade porque precisam filtrar todas as outras informações em sua mente. Por exemplo, imagine que você conhece cinco pessoas chamadas 'John' e está tentando lembrar o sobrenome de um John específico. Seria mais difícil do que se conhecesse apenas uma pessoa com esse nome. É o que acontece com os idosos”, explica a co-autora do estudo, Lynn Hasher, em entrevista ao EurekAlert.

Os autores do estudo também teorizam que os idosos tendem a acessar conhecimentos mais antigos quando precisam tomar decisões, ocasião em que se pode observar uma vantagem desse acúmulo de sabedoria. A ideia dos cientistas é continuar estudando como funciona a seleção e o acúmulo de memórias no cérebro idoso.

Fonte: Trends in Cognitive Science