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EUA autorizam venda de "teste rápido" para diagnóstico do Alzheimer

Por| Editado por Luciana Zaramela | 05 de Maio de 2022 às 12h30

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Bret Kavanaugh/Unsplash
Bret Kavanaugh/Unsplash

A agência Food and Drug Administration (FDA) autorizou, na quarta-feira (4), a comercialização do primeiro teste de diagnóstico in vitro para detecção precoce da doença de Alzheimer nos Estados Unidos. Para ser mais preciso, a espécie de teste rápido identifica a presença de placas amiloides, que são consideradas um dos fatores associados a este tipo de demência.

Oficialmente, o teste recebe o nome de Lumipulse G β-Amyloid Ratio. O exame é indicado para pessoas com idade igual ou superior a 55 anos e que estão em processo de diagnóstico para o Alzheimer ou para outras doenças que causam declínio cognitivo.

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É importante explicar que o teste somente deve ser usado em conjunto com outras informações clínicas para confirmar se um paciente tem a doença de Alzheimer. Em outras palavras, por si só, o resultado positivo não confirma a demência. Neste contexto, a FDA também alertou para o risco de falsos positivos.

O que mede o novo exame para o Alzheimer?

No momento, a ciência busca entender o Alzheimer a partir do comportamento de duas proteínas: a beta-amiloide e a tau. Isso porque elas se acumulam, de forma desproporcional no cérebro, afetando o comportamento e as atividades regulares do sistema nervoso.

Por exemplo, quando as beta-amiloides se agrupam, estas proteínas parecem ter um efeito tóxico nos neurônios. Com isso, interrompem a comunicação célula a célula. Em determinado momento, elas formam grandes aglomerados, chamados de placas amiloides.

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Agora, a tau é um tipo de proteína que atua no transporte de nutrientes e outras substâncias essenciais entre os neurônios. Em quadros de Alzheimer, a tau muda de forma e começa a se organizar em estruturas que perturbam o sistema de transporte, sendo tóxicas.

A partir do exame aprovado pela FDA, é observado se existe (ou não) a formação das placas amiloides no cérebro do paciente que já está com suspeita do Alzheimer. Neste caso, o resultado positivo pode confirmar o diagnóstico.

Por que é chamado de "teste rápido"?

Até então, os médicos usavam tomografias por emissão de pósitrons (PET) — uma alternativa que é considerada cara e complexa — para visualizar placas amiloides no cérebro de um paciente. Com a aprovação do novo teste, a FDA explica que o procedimento minimiza os riscos de exposição à radiação.

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“A disponibilidade de um teste de diagnóstico in vitro que pode, potencialmente, eliminar a necessidade de exames PET demorados e caros é uma ótima notícia para indivíduos e famílias preocupados com a possibilidade de diagnóstico da doença de Alzheimer”, explica Jeff Shuren, diretor do FDA’s Center for Devices and Radiological Health, em comunicado.

“Com o teste Lumipulse, há uma nova opção que normalmente pode ser concluída no mesmo dia e pode fornecer aos médicos as mesmas informações sobre o status amiloide cerebral, sem o risco de radiação, para ajudar a determinar se o comprometimento cognitivo de um paciente é devido à doença de Alzheimer”, completa Shuren sobre o teste rápido.

Fonte: FDA