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Estudo usa técnica inovadora de eletroestimulação para tratamento de Parkinson

Por| Editado por Luciana Zaramela | 11 de Outubro de 2021 às 15h16

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Gerd Altmann/Pixabay
Gerd Altmann/Pixabay

Em busca de tratamentos para pacientes que enfrentam o Parkinson — doença neurológica conhecida por afetar os movimentos do paciente —, pesquisadores norte-americanos podem ter encontrado uma fórmula para aperfeiçoar as técnicas de eletroestimulação. Em estudo com animais, a equipe da Universidade Carnegie Mellon identificou uma nova região do cérebro, onde os efeitos da estimulação cerebral profunda (ECP) são mais duradouros.

Vale ressaltar que a ECP já uma técnica conhecida para a eletroestimulação do cérebro de pacientes com Parkinson (e outras condições, distrúrbios e transtornos), mas os efeitos do tratamento são, até agora, momentâneos. No procedimento, os médicos comandam pequenos eletrodos implantados no cérebro e, com eles, enviam sinais elétricos à região que controla o movimento. Enquanto o equipamento estiver ligado, os pacientes retomam o controle de seus corpos. No entanto, basta desligar o sistema e os sintomas retornam.

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“Estamos meio que brincando com a caixa preta [o cérebro]. Ainda não entendemos todas as partes do que está acontecendo lá, mas nossa abordagem de curta duração parece fornecer maior alívio dos sintomas", explicou a pesquisadora Teresa Spix sobre a nova descoberta. Na última sexta-feira (8), o estudo foi publicado na revista Science.

Nova técnica prolonga efeitos da eletroestimulação no cérebro 

Os cientistas da Universidade Carnegie Mellon mesclam duas novas abordagens: rajadas curtas de estimulação elétrica; e o contato da eletroestimulação com uma região diferente do cérebro, o globo pálido. Esta região é conhecida por seu papel nas atividades que demandam coordenação motora.

“Ao encontrar uma maneira de intervir que tenha efeitos duradouros, nossa esperança é reduzir muito o tempo de estimulação, minimizando os efeitos colaterais e prolongando a vida útil da bateria dos implantes”, afirmou o pesquisador Aryn Gittis. Isso porque o aparelho precisa ficar, constantemente, ligado para que os pacientes se beneficiem da técnica atual.

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“Este é um grande avanço em relação a outros tratamentos existentes”, defende Gittis. “Em outros protocolos de ECP, assim que você desliga a estimulação, os sintomas voltam. Isso parece fornecer benefícios mais duradouros — pelo menos quatro vezes mais do que o ECP convencional”, destaca o cientista.

A próxima etapa da pesquisa será, agora, validar a descoberta em humanos, o que deve ser feito, em breve, pelos pesquisadores da Allegheny Health Network (AHN). Neurocirurgião e parte da equipe, Nestor Tomycz explicou que já está, em planejamento, um estudo randomizado e duplo-cego de pacientes com doença de Parkinson para avaliar a nova técnica de eletroestimulação. No ensaio, os voluntários devem ser acompanhados por 12 meses para avaliar as melhorias nos sintomas motores da doença e na frequência de eventos adversos.

Para acessar o estudo completo sobre eletroestimulação do cérebro de pacientes com Parkinson, clique aqui.

Fonte: Science Blog