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Estudo sugere que a respiração pode ser responsável por "moldar" o cérebro

Por| Editado por Luciana Zaramela | 09 de Novembro de 2022 às 19h35

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LightFieldStudios/envato
LightFieldStudios/envato

Em um novo estudo da American Psychological Association, pesquisadores deram mais um passo rumo à compreensão de como a respiração pode beneficiar o cérebro. O artigo propõe um novo modelo computacional que explica como o ato de respirar influencia as expectativas do cérebro.

Os autores afirmam que os ritmos cerebrais estão intimamente ligados ao ritmo da respiração. Isso quer dizer que somos mais sensíveis ao mundo exterior quando inspiramos, enquanto o cérebro sintoniza mais quando expiramos.

“Isso sugere que o cérebro e a respiração estão intimamente interligados de uma maneira que vai muito além da sobrevivência, para realmente impactar nossas emoções, nossa atenção e como processamos o mundo exterior. Nosso modelo sugere que existe um mecanismo comum no cérebro que liga o ritmo da respiração a esses eventos”, apontam os responsáveis pela pesquisa.

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Segundo a própria equipe por trás do estudo, compreender como a respiração molda o cérebro e o humor, pensamentos e comportamentos pode ajudar a prevenir e tratar melhor as doenças mentais.

Conforme aponta o artigo, a dificuldade em respirar está associada a um aumento muito grande no risco de transtornos de humor, como ansiedade e depressão. Além disso, os especialistas sugerem que as doenças respiratórias e os distúrbios psiquiátricos estão intimamente ligados.

“Nosso estudo levanta a possibilidade de que os próximos tratamentos para esses distúrbios possam ser encontrados no desenvolvimento de novas maneiras de realinhar os ritmos do cérebro e do corpo, em vez de tratá-los isoladamente”, explicam os autores.

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O projeto também indica que os neurônios são mais propensos a disparar durante certos momentos da respiração. De qualquer forma, ainda há estudo pela frente, até que se compreenda a relação entre a respiração e o cérebro.

Fonte: American Psychological Association via Neuroscience News